Green Savers 22/06/2016
A Universidade de Aveiro (UA) foi distinguida com o galardão “Campeões das Zonas Áridas”, distinção atribuída a 17 de Junho durante as comemorações oficiais do Dia Mundial de Combate à Desertificação, organizado pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) através do Núcleo Regional de Combate à Desertificação Algarve. A atribuição deste galardão, promovido pela Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, pretende distinguir indivíduos, empresas ou instituições que tenham contribuído de forma revelante para a gestão sustentável da terra.
A distinção deve-se ao trabalho de uma equipa de investigação científica do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), liderada por Celeste Coelho, professora jubilada do Departamento de Ambiente e Ordenamento da UA, que tem promovido o envolvimento dos agentes e das comunidades locais na procura de soluções para a gestão sustentável da terra e dos recursos naturais.
Este trabalho tem sido desenvolvido, nos últimos 10 anos, no âmbito de diversos projectos internacionais (“Desertification mitigation and remediation of land. A global approach for local solutions” – DESIRE, “Preventing and Remediating degradation of soils in Europe through Land” – RECARE e “CAtastrophic Shifts in drylands: how CAn we prevent ecosystem Degradation” – CASCADE) e nacionais (“Recuperação de Áreas Ardidas” – RAA, “Estratégias de remediação de solos imediatamente após incêndios florestais” – RECOVER e “O papel dos agentes locais no sucesso da política florestal em áreas afectadas por incêndios em Portugal” – FORESTAKE). O projeto RAA, envolvendo a UA e coordenado pelo Centro de Ecologia Aplicada do Instituto Superior de Agronomia (ISA), entre 2005 e 2011, foi o primeiro deste conjunto. A academia aveirense foi a entidade coordenadora dos projetos RECOVER e FORESTAKE.
Segundo a UA, nestes projectos foram desenvolvidas e implementadas abordagens e metodologias participativas, nas quais a UA já detinha mais de 20 anos de experiência, na tentativa de integrar o conhecimento das comunidades locais, dos agentes e dos cientistas, em prol da aceitação social e a viabilização de estratégias para a gestão sustentável do território e combate à desertificação. Estas estratégias incluem acções de prevenção e mitigação da degradação do solo, afectado por incêndios florestais.
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