sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

0 conselhos médicos para controlar o stress de vez Nuno de Noronha // Saúde e Medicina

Nuno de Noronha // Saúde e Medicina
Aprenda a não exceder os limites do stress com os conselhos dos médicos cardiologistas da Fundação Portuguesa de Cardiologia.
1. Identifique a origem do stress. O primeiro passo para controlar o stress é identificar as situações ou pessoas que o desencadeiam. Basta estar atento aos sinais exteriores e relacioná-los com o que está a acontecer.
2. Partilhe com as pessoas próximas o que sente. Aprenda a não guardar tudo para si. As tensões e emoções demasiado controladas provocam danos físicos e mal-estar psicológico. Está provado que desabafar e exteriorizar o que se sente contribui para uma melhor saúde.
3. Aprenda a dizer não. Sempre que possível não vá contra a sua natureza. Não se sobrecarregue com obrigações ou responsabilidades excessivas: se o confrontam com um pedido exagerado (em termos de tempo ou exigência), recuse-se a cumpri-lo. Lembre-se que ninguém o respeitará, se não souber respeitar-se.
4. Cuide de si: alimente-se de forma saudável e pratique exercício. Uma dieta equilibrada, rica em fruta, verduras, fibra e vitaminas ajuda o corpo a proteger-se. Evite excesso de gorduras, açúcar e também café, álcool e tabaco. A atividade física, quando praticada com regularidade, aumenta a sensação de bem-estar (devido à produção de endorfinas). Consulte o seu médico, para averiguar qual a atividade mais apropriada para si: ioga, jogging, marcha, natação ou outra qualquer.
5. Opte por uma postura otimista. Nem sempre é fácil, mas procure contrariar as tendências negativas: tenha pensamento positivo perante as situações, seja mais confiante e flexível. Tudo isto contribui para aumentar a sua resistência ao stress.
6. Aprenda a gerir o tempo. Procure intercalar trabalho, família, lazer e descanso. Procure ser o condutor do seu tempo e não o contrário. Estabeleça prioridades e objetivos.
7. Aprenda a relaxar todos os dias. Uma vez que é impossível prever ou evitar algumas das situações que nos causam ansiedade, o melhor é escolher uma boa estratégia para as enfrentar. Aprenda a relaxar progressivamente os músculos e a mente: ao fazê-lo, a frequência cardíaca e a pressão arterial diminuem imediatamente.
8. Não ignore o stress, porque ele pode não o ignorar a si. Ao contrário da diabetes, da tensão arterial ou do colesterol, o stress é difícil de medir e avaliar e, como tal, é mais complicado estabelecer relações entre o seu grau de existência e o aparecimento de doenças cardiovasculares.
9. Lembre-se que a sua saúde pode estar em risco. Apesar de o stress não ser a causa principal de problemas cardíacos, pode contribuir para o despoletar ou agravar dessas patologias, uma vez que, entre outras consequências, faz subir a pressão arterial, dificulta a cicatrização e torna-nos mais vulneráveis a ataques patogénicos exteriores assim como a adições.
10. Esteja atento às fases de alarme
  • Primeira Fase — O cérebro dá o alarme: As regiões situadas na parte inferior do cérebro enviam os primeiros sinais de alarme para todo o corpo. O hipotálamo e a hipófise libertam uma série de substâncias químicas (como adrenalina, cortisol ou aldosterona) que fazem reagir o nosso organismo ao “perigo” que se aproxima.
  • Segunda Fase — O corpo resiste: Após a fase de alarme, o corpo adaptou-se às circunstâncias e recuperou o seu estado normal. Dependendo da resistência de cada pessoa, esta fase pode ter uma duração mais ou menos longa, até que o corpo alcance a fase seguinte.
  • Terceira Fase — Fase extenuante: Quando o stress atinge este patamar, é sinal de que o seu grau é bastante severo. O risco de adoecermos, aumenta, assim como a propensão para acidentes cardiovasculares.
Os conselhos são dos médicos especialistas da Fundação Portuguesa de Cardiologia presidida pelo Professor Doutor Manuel Oliveira Carrageta.

Terra em risco de ser atingida por "mini idade do gelo" em 2030

29 Dez 2017 // Nuno de Noronha
O alerta é de investigadores da Universidade de Northumbria, no Reino Unido, com base em investigações preliminares da atividade magnética do sol.
Investigadores britânicos e russos acreditam que as temperaturas globais vão começar a baixar a partir de 2021, o que poderá levar o planeta a viver condições climatéricas semelhantes às vividas entre os séculos XVII e XVIII, num período especialmente frio que ficou conhecido como a Pequena Idade do Gelo e que durou aproximadamente 50 anos.
Essas conclusões foram obtidas a partir de um estudo liderado pela investigadora russa Valentina Zharkova e que teve por base um modelo de análise da atividade magnética do sol. Segundo a equipa da cientistas, as alterações das temperaturas estão relacionadas com o ciclo solar da década do sol, que terá uma diminuição da sua atividade magnética durante 30 anos a partir de 2021.
Durante a Pequena Idade do Gelo, os invernos foram mais frios do que o comum: o rio Tamisa, em Londres, por exemplo, congelou por completo. Esse período ficou marcado pelo aumento da mortalidade associada ao frio.
"A intensidade da radiação solar vai ser drasticamente reduzida. Portanto, vamos ter menos calor a entrar na atmosfera, o que reduzirá a temperatura", garante Valentina Zharkova.
No entanto, diz a investigadora que é também professora universitária, não há motivo de alarme para a humanidade: "Vai estar frio, mas não vai ser uma idade do gelo em que tudo vai congelar, como nos filmes de Hollywood", assevera.
A investigadora tem esperança de que, se a "mini idade do gelo" for confirmada, "o aquecimento global seja sobreposto por este efeito, dando à humanidade e ao planeta Terra mais 30 anos para solucionar o problema das alterações climáticas", cita a Sky News.

Cientistas descobrem ligação entre comer peixe, inteligência e sono

29 Dez 2017  // Nuno de Noronha 
Um estudo publicado na revista "Scientific Reports" conclui que as crianças que consomem peixe pelo menos uma vez por semana apresentam um quociente de inteligência (QI) mais elevado e dormem melhor. 

Poderá ser precisamente o sono o elo de ligação entre o consumo de peixe e um maior quociente de inteligência. A investigação, com a assinatura da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, recrutou 541 crianças na China, com idades entre os 9 e os 11 anos.
As crianças responderam a um questionário sobre o seu consumo de peixe durante o último mês, com opções que variavam entre "nunca" e "pelo menos uma vez por semana".
De acordo com o estudo, os voluntários também foram submetidos um teste de QI, em que eram analisadas as suas competências verbais e não-verbais. Os pais das crianças foram igualmente questionados sobre a qualidade de sono dos filhos, tendo fornecido detalhes sobre a duração, a frequência e a sonolência durante o dia.
Em conclusão, os investigadores descobriram que as crianças que tinham comido peixe todas as semanas revelavam, em média, mais 4,8 pontos nos testes de QI dos que as que tinham dito consumir "raramente" ou "nunca". As crianças que consumiam peixe de vez em quando apresentaram 3,3 pontos adicionais.
Por outro lado, os cientistas concluíram que um maior consumo de peixe esteve sempre associado a menores problemas de sono. "Isto acresce ao conjunto de evidência cada vez maior que demonstra que o consumo de peixe realmente oferece benefícios para a saúde", comentou Jennifer A. Pinto-Martin, professora de Epidemiologia e autora principal do estudo, numa nota apensa ao mesmo.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Descoberta de 'charuto interestelar' sugere semelhanças na formação de sistemas planetários

18 dez 2017  MadreMedia / Lusa
A descoberta do primeiro objeto interestelar, com a forma de um charuto, sugere semelhanças entre a formação de planetas no Sistema Solar e noutros sistemas estelares, conclui um estudo hoje divulgado.
O objeto em causa, um asteroide batizado com o nome "Oumuamua", que significa mensageiro em havaiano, foi detetado a 19 de outubro pelo telescópio Pan-STARRS1, no Havai, nos Estados Unidos, e provém de um outro sistema solar, medindo 400 metros de comprimento, o equivalente a cerca de dez vezes a sua largura.

Segundo os astrónomos que confirmaram em novembro a descoberta, o corpo celeste invulgar viajou sozinho através da Via Láctea durante centenas de milhões de anos antes de passar pelo Sistema Solar e depois prosseguir a sua rota.
Agora, uma equipa internacional de cientistas, liderada por investigadores da universidade britânica Queen's University Belfast, descobriu que a superfície de "Oumuamua" é parecida com a de pequenos corpos gelados do Sistema Solar ricos em carbono, cuja estrutura é alterada pela exposição a raios cósmicos (partículas de alta energia).
No estudo, publicado na revista da especialidade Nature Astronomy, a equipa avaliou o modo como o estranho asteroide refletiu a luz solar, concluindo ser semelhante a objetos gelados cobertos por uma crosta.
A crosta de "Oumuamua" poderá ter protegido o seu interior gelado da sublimação (passagem do estado sólido para gasoso), apesar de o asteroide ter passado a 23 milhões de quilómetros (distância curta em termos astronómicos) do Sol em setembro, refere em comunicado a Queen's University Belfast.
A mesma equipa científica descobriu que "Oumuamua" apresenta uma cor idêntica à de alguns dos pequenos planetas gelados em redor do Sistema Solar que tem estado a estudar.
Tal significa, de acordo com os astrofísicos, que diferentes sistemas planetários na Via Láctea contêm planetas mais pequenos, tal como o Sistema Solar.


Science elege colisão de estrelas de neutrões como descoberta científica de 2017

21 dez 2017 MadreMedia / Lusa
A primeira observação da colisão de duas estrelas de neutrões foi eleita pela revista Science como a descoberta científica de 2017, anunciou hoje a editora da publicação.



A colisão das duas estrelas, a 130 milhões de anos-luz, gerou ondas gravitacionais (ondulações no tecido espaço-tempo) detetadas na Terra.

As ondas gravitacionais, previstas há mais de cem anos pelo físico Albert Einstein, foram detetadas diretamente pela primeira vez em 2015, quando dois grandes buracos negros (zonas do Universo de onde nada pode escapar, nem mesmo a luz) chocaram.
A deteção das ondas, no observatório LIGO, nos Estados Unidos, foi distinguida em 2017 com o Prémio Nobel da Física, atribuído aos cientistas Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne.
Em agosto, detetores de raios-gama e radiotelescópios registaram a colisão das duas estrelas de neutrões, extremamente densas.
Segundo um dos colaboradores da Science, Adrian Cho, o fenómeno, observado em todos os comprimentos de onda de luz, "foi o acontecimento mais estudado na história da astronomia", envolvendo 4.156 investigadores de 953 instituições.
A revista Science é editada pela American Association for the Advancement of Science (Associação Americana para o Avanço da Ciência).

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Vida na Terra começou há muito mais do que 3.500 milhões de anos

19 Dez 2017 // Nuno de Noronha // Notícias // Com Lusa
A vida começou na Terra há muito mais do que há 3.500 milhões de anos, segundo um estudo de microfósseis publicado hoje na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
A investigação, feita por cientistas da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, com novas tecnologias desenvolvidas em instituições norte-americanas, analisou rochas da Austrália ocidental nas quais foram encontrados fósseis identificados como os mais antigos descobertos até agora.

As rochas foram recolhidas em 1982 e os microfósseis foram descritos pela primeira vez na revista Science em 1983, pelo professor de paleobiologia (uma divisão da paleontologia) da Universidade da Califórnia, Los Angeles, William Schopf. No entanto parte da comunidade científica considerou que as amostras eram formações minerais com similaridade biológica.
O estudo agora publicado, e dirigido precisamente por Schopf e por John Valley, professor de geociência da Universidade de Winsconsin-Madison, confirma que as rochas contêm microfósseis com 3.500 milhões de anos.
Os cientistas usaram um espetrómetro de massa por ions secundários, um instrumento que conseguiu separar o carbono do qual foi composto cada fóssil, cada um com uma dimensão de 10 micrómetros de largura, nos seus isótopos e medir a sua proporção, já que as diferentes substâncias orgânicas têm diferentes proporções de isótopos estáveis de carbono.
Desta forma, os cientistas conseguiram separar o carbono 12 do carbono 13 em cada fóssil.
John Valley explicou, em comunicado, que o que foi encontrado foi “um grupo primitivo, mas diversificado de organismos”. E disse que os micróbios identificados pertencem a três grupos, bactérias que dependem do sol para produzir energia, micro-organismos unicelulares que produziam metano e gammaproteobactérias que consumiam metano.
Segundo Schopf, há 3.500 milhões de anos havia na Terra diferentes tipos de micróbios. A vida, sublinhou, “deve ter começado substancialmente muito mais cedo”, embora não se saiba quanto mais cedo.
Segundo Valley, já que há provas de que há 4.300 milhões de anos havia oceanos de água líquida, “não há razão” para que a vida não tenha então começado.


quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Quais são os riscos do excesso de proteína?

Nuno de Noronha // Fitness // Ana Rita Lopes, Nutricinista

Nos dias de hoje, é cada vez mais demarcada a procura por um corpo “esteticamente perfeito”, onde diversas pessoas testam dietas e regimes alimentares de múltiplas caraterísticas, na esperança de atingir um novo nível de bem-estar ou desempenho físico, como é o caso dos atletas. E a proteína é ou não uma aliada? As explicações da nutricionista Ana Rita Lopes, do Hospital Lusíadas Lisboa.

Os atletas que se regem por esta procura acabam, em determinadas circunstâncias, por colocar em risco a sua saúde no percurso que o leva à ascensão do seu esperado objetivo, ultrapassando os limites não só nas suas necessidades alimentares, mas também nos exercícios físicos.
A alimentação de um atleta é diferenciada dos outros indivíduos, na medida em que estes dispõem de um gasto energético relativamente superior e de necessidades de macro e micro nutrientes modeladas ao tipo, intensidade e duração da prática desportiva.
A alimentação desempenha, desta forma, um papel fulcral na performance desportiva e no aumento de massa muscular, porém, ainda permanece a dúvida sobre se uma alimentação equilibrada e de qualidade, sem recorrer a suplementação, será suficiente para atingir as necessidades nutricionais dos desportistas, especialmente em atletas de competição.
Os atletas acreditam que a ingestão de proteína adicional aumenta a força e melhora o desempenho, mas estudos comprovam o contrário, observando-se que a pequena quantidade de proteína necessária para o desenvolvimento muscular durante o treino é facilmente atingida através de uma alimentação equilibrada, sem necessitar de recorrer a suplementos.
Para este grupo de pessoas interessadas em aumentar a massa muscular, quer sejam atletas profissionais ou não, existe muitas vezes a perceção de uma necessidade proteica intensamente aumentada, podendo chegar a situações em que o consumo atinge valores compreendidos entre 2,5 a 3,5 g de proteína por quilograma de peso corporal por dia e em que grande parte é ingerida na forma de suplementos.
O objetivo de um atleta de endurance, do ponto de vista proteico, será ingerir uma quantidade suficiente de proteína, que assegure a síntese e regeneração proteicas que decorrem do próprio treino e, compensar a perda de leucina (um aminoácido essencial que é oxidado em quantidades apreciáveis durante exercícios de endurance). As recomendações de ingestão diária de proteína, para um atleta de endurance, são de 1,2 a 2,0 g de proteína/kg de peso corporal, sendo estas recomendações superiores aos valores da população em geral, 0,8 a 1,0 g/kg/dia.
De uma forma sintetizada, os objetivos da ingestão proteica são:
  • Reparar e substituir proteínas danificadas pelo exercício físico ao nível do músculo-esquelético, ossos, tendões e ligamentos;
  • Manter uma função ótima de todas as vias metabólicas que utilizam aminoácidos;
  • Permitir o aumento da massa muscular, através da síntese proteica;
  • Permitir melhorar a função do sistema imunitário;
É importante referir que as recomendações de ingestão proteica em atletas conseguem, de uma forma geral, ser atingidas exclusivamente através da alimentação, ou seja, sem o uso de suplementos de proteínas ou aminoácidos. Devido à elevada ingestão proteica dos praticantes de desporto, muitas vezes de forma indiscriminada e sem acompanhamento por parte de profissionais de saúde, o possível impacto deste comportamento na saúde dos atletas tem sido alvo de estudo, sobretudo ao nível da massa óssea e da função renal.
A ingestão excessiva de proteína pode levar a:
  • Um aumento de produção de ureia, resultando numa maior necessidade de ingestão de água para a sua excreção pela urina;
  • Problemas renais e hepáticos;
  • Osteoporose;
  • Cálculos renais;
Desta forma, antes de adquirir qualquer suplemento é importante considerar os objetivos da prática desportiva, o seu estado de saúde, as exigências da modalidade e o custo-benefício do uso de suplementação. Sobretudo, é importante aconselhar-se com um profissional especializado em nutrição desportiva, que terá em conta todos estes fatores e delineará um plano alimentar adequado aos seus objetivos, sem comprometer o seu estado de saúde e avaliando a necessidade ou não de recorrer a suplementação nutricional.
É de realçar que uma dieta equilibrada e variada com as quantidades adequadas de macronutrientes e micronutrientes é, em muitos casos, suficiente para suprir as necessidades nutricionais, garantir um organismo saudável e um bom desempenho físico.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Os seus espermatozoides estão de boa saúde? Já pode saber a resposta com um teste doméstico

16 Nov 2017 // Nuno Noronha // Notícias

Segundo os resultados clínicos, a fiabilidade de um novo teste já disponível no mercado é de 95%.

Testes clínicos analisaram 323 amostras de sémen de pacientes e determinaram que os resultados de um novo teste doméstico lançado no mercado, chamado SwimCount, correspondia em 95% aos resultados obtidos com o teste microscópico convencional.

"O SwimCount supõe uma revolução para o diagnóstico precoce da infertilidade masculina, que recordamos que é responsável por 40% dos problemas de infertilidade. Os outros 40% devem-se a causas da mulher e os restantes 20% a causas desconhecidas", assegura Marcos Meseguer, supervisor científico da Clínica IVI Valência e colaborador neste estudo.

"Não devemos subestimar a importância do fator masculino na reprodução", comenta, sendo que "um teste como este que permite ao homem obter um diagnóstico com um alto grau de fiabilidade, comodamente em casa, significa um grande avanço”, explica o especialista, que recorda que a idade é um fator que influi na fertilidade também nos homens.

Único teste doméstico que analisa a mobilidade progressiva
Até agora, os testes domésticos de fertilidade masculina só tinham em conta a quantidade de espermatozoides e não a qualidade, ainda que outros fatores como a mobilidade progressiva - a sua capacidade para mover-se em linha reta - são mais importantes para a fecundação.

O novo teste é o único que tem em conta também esta variável e, portanto, oferece um primeiro diagnóstico mais completo. Por este motivo, perante um resultado anómalo, recomenda-se sempre procurar um especialista para realizar uma análise mais completa.

Nas clínicas de procriação medicamente assistida, o teste que se utiliza de forma generalizada para analisar a fertilidade masculina é o espermograma. Consiste numa análise microscópica de uma amostra de sémen e tem em conta parâmetros como a morfologia – que os espermatozoides não sejam bicéfalos ou possuam duas caudas, por exemplo.

Como funciona?
Depois de depositar uma pequena amostra de sémen sobre o dispositivo, aqueles espermatozoides que são capazes de mover-se de forma progressiva (e não em círculos, por exemplo) apresentam uma coloração azul. Desta forma, quantos mais espermatozoides tenham alcançado em relação ao ponto fixo, maior será a intensidade da cor da janela do resultado, que pode ser consultada aos 30 minutos.

O limite inferior de fertilidade masculina utilizado na contagem pelo SwimCount está assente em 10 milhões de espermatozoides móveis por mililitro. Um número inferior implica maiores dificuldades para obter uma gravidez natural num prazo de um ano, pelo que é recomendável consultar um especialista em procriação medicamente assistida.

Comunidade Amish esconde mutação genética que prolonga a vida em 10 anos

16 Nov 2017 // Nuno Noronha // Notícias // Com AFP

Um grupo de cientistas descobriu uma mutação genética na comunidade Amish dos Estados Unidos, que explica porque alguns dos seus membros vivem em média mais dez anos, revela um estudo agora publicado.

Trata-se da última descoberta no amplo estudo da comunidade científica sobre a forma de envelhecer desta pequena comunidade cristã tradicional, que rejeita qualquer tipo de avanço tecnológico.

Especialistas americanos e japoneses estão a testar um medicamento experimental que tenta recriar o efeito da mutação dos Amish, com a esperança de que proteja mais seres humanos de doenças ligadas ao envelhecimento, estimulando assim a longevidade.

"Não só vivem mais, como vivem mais saudáveis", explica Douglas Vaughan, presidente da Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern, autor principal do estudo publicado no jornal Science Advances. "É uma forma desejável de longevidade", destacou.

Os cientistas estudaram 177 membros entre os 18 e os 85 anos da comunidade Berne Amish do Indiana, no centro dos Estados Unidos.

Segredo está na proteína PAI-1
Deles, 43 eram portadores da mutação do gene Serpine 1 - que provoca uma forte redução da produção da proteína PAI-1 - e estavam em melhor estado de saúde, para além de viverem, em média, mais dez anos que os restantes membros Amish que não têm esta variação genética.

Por outro lado, o seu perfil metabólico também era mais saudável: sofriam menos de diabetes e de doenças cardiovasculares.

Os especialistas descobriram, por outro lado, que os telómeros das suas células imunitárias eram, em média, 10% mais longos.

O telómero é uma arte do ADN situado nas extremidades de cada cromossoma que o protege e que fica pequeno cada vez que ocorre uma divisão celular, o que contribui para o envelhecimento.

Para já, o remédio experimental superou os testes de segurança (fase 1) e está agora na fase 2 no Japão para comprovação da eficácia em pessoas obesas com diabetes tipo 2.

Por outro lado, a Universidade Northwestern tenta obter permissão científica para iniciar os testes nos Estados Unidos no ano que vem.