quarta-feira, 28 de abril de 2010

Convite

No âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, o grupo “Ciências Forenses” do 12ºA tem o prazer de convidar a comunidade escolar para uma palestra que será presidida pelo Professor Doutor José Pinto da Costa, em que os temas a abordar serão Crimes Sexuais, Autópsia Médico-Legal e Psicopatologia Forense.
O evento terá lugar no dia 10 de Maio, das 10h15 às 12h15, no Centro Cultural de Lagos.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

As bactérias das mão na identificação forense

As bactérias das mãos passaram a ter um papel significativo no campo da identificação forense.
As nossas mãos, por mais asseados que sejamos, constituem aquilo a que podemos chamar de “albergues” de diversas comunidades bacterianas. Mesmo as pessoas mais obcecadas pela limpeza do corpo alojam, tal como as outras, cerca de 150 espécies diferentes de bactérias, visto que este número não é afectado pela quantidade de lavagens.
Esta nova técnica em estudo tem como base a descoberta, por parte de cientistas americanos, de que as “comunidades” de bactérias que vivem na pele são distintas de indivíduo para indivíduo, a que se junta o facto de cada um de nós deixar um rasto de bactérias no nosso quotidiano.
Esta inovadora ideia, liderada por cientistas da Universidade do Colorado, passou a “prova de fogo” quando conseguiu estabelecer a ligação entre as amostras de bactérias de três computadores e o proprietário de cada um, sendo que eram evidentes as diferenças entre as amostras.
Esta técnica emergente tem actualmente uma precisão de 70-90%, prevendo-se que com a melhoria da técnica este valor deverá aumentar. A mais-valia desta técnica resulta do facto de ser possível identificar as bactérias de um indivíduo, mesmo quando as impressões digitais estão “manchadas” ou não existe DNA suficiente para determinar o perfil do indivíduo.
Especialistas sugerem que as bactérias características de cada individuo poderão ser mesmo mais significativas na sua identificação, que o próprio genoma. Esta ideia deriva da constatação de que são diferentes as bactérias que habitam na pele de gémeos homozigóticos, ao contrário da sua informação genética, que é igual.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

16 de Abril - Dia Mundial da Voz

Assinala-se hoje, dia 16 de Abril, o Dia Mundial da Voz, instituído pela primeira vez em 2003, com o objectivo de sensibilizar a opinião pública para a importância e significado da voz como produto caracteristicamente humano e poderoso instrumento de comunicação e interacção entre os humanos.
Sendo a laringe um órgão fundamental na génese da voz, o lema que preside às comemorações deste ano visa promover o diagnóstico precoce do cancro que pode afectar este órgão.
A voz é um produto resultante de um som cuja génese se situa nas cordas vocais alojadas na laringe. O som gerado pela vibração das cordas vocais aquando da passagem de ar expelido pelos pulmões vai ser amplificado nas chamadas cavidades de ressonância - laringe, faringe, boca, nariz e seios perinasais, e modelado nos articuladores - lábios, dentes, mandíbula e palato, obtendo-se, deste modo, um produto que reflecte a estrutura do tracto vocal própria de cada indivíduo.
A voz sendo uma das características mais marcantes e específicas da nossa identidade deverá ser produzida sem esforço, possibilitando um desempenho adequado na comunicação com os outros, qualquer que seja o meio ou situação em que nos encontremos.
Um bom uso da voz ajuda a prevenir alterações vocais, de que a rouquidão (disfonia) constitui uma das principais evidências e a que se podem juntar a afonia, a dor, a fadiga e as alterações de tom. A preservação da qualidade da voz está estreitamente associada a um conjunto de boas práticas que englobam comportamentos como beber água, não gritar, não fumar e praticar desporto com regularidade.

17 de Abril - Dia Mundial da Hemofilia

No dia 17 de Abril comemora-se o Dia Mundial da Hemofilia que este ano terá como lema "As muitas faces dos distúrbios hemorrágicos, unidas para conseguir tratamento para todos".
Não havendo um registo nacional que possa quantificar de um modo objectivo a realidade do nosso país em relação aos diversos distúrbios de natureza hemorrágica, os dados na posse da Associação Portuguesa de Hemofilia (APH) apontam para um valor da ordem das 720 pessoas diagnosticadas. Um problema que se depara a estas pessoas prende-se com a desigual acessibilidade aos tratamentos. Face a esta realidade os especialistas chamam a atenção para a necessidade de criação de Centros de Hemofilia operacionais que, dada a complexidade de alguns distúrbios hemorrágicos, estejam independentizados dos normais departamentos de hematologia.
Vai sendo do conhecimento geral que a hemofilia, a doença de von Willebrand (DvW) e os distúrbios plaquetários hereditários, constituem doenças crónicas relacionadas com problemas de coagulação sanguínea.
A doença de von Willebrand resulta de uma alteração a nível quantitativo ou qualitativo de uma proteína designada de factor de von Willebrand, codificada por um gene que se encontra no cromossoma 12 e que sofreu mutação. A doença afecta de igual modo homens e mulheres, ao contrário da hemofilia que afecta apenas homens, pelo que a sua transmissão pode efectuar-se tanto por via materna como paterna, apresentando uma prevalência mundial superior a 1%. A forma mais comum desta doença assenta num padrão de transmissão autossómica dominante, podendo, no entanto, ser recessivo, caso da DvW tipo 3.
A facilidade e a frequência com que se formam nódoas negras e ocorrem hemorragias nasais, a que acresce a existência de menstruações abundantes nas mulheres, constituem sintomas comuns da doença.
Os indivíduos afectados não devem tomar ácido acetilsalicílico, a vulgar aspirina, nem qualquer outro fármaco que afecte negativamente a coagulação. Devem, igualmente, proceder a uma vacinação por via subcutânea e serem vacinados contra os vírus das hepatites A e B.