segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Prepare-se: vem aí uma super-Lua como não se via há 68 anos

Teresa Serafim

O nosso satélite natural vai aproximar-se bastante da Terra, na fase de Lua Cheia.
 
Na próxima segunda-feira, 14 de Novembro, o céu vai estar preenchido por uma super-Lua como já não acontecia há 68 anos. A Lua estará então mais perto da Terra e, por isso, vai parecer-nos maior do que o costume. Em Portugal, o fenómeno acontecerá em plena luz do dia, mas ainda assim, caso a meteorologia o permita, valerá a pena olhar para o céu.

O que é uma super-Lua? É um fenómeno que ocorre quando o nosso satélite natural está em fase de Lua Cheia e se encontra a pelo menos a 90% do seu ponto mais próximo da Terra. Em Lisboa, serão 11h22 quando a Lua atingirá o perigeu – o ponto da sua órbita mais perto da Terra. É que a órbita da Lua (tal como a dos planetas) é elíptica, em vez de circular, e não é sempre igual.





















A 16 de Outubro já houve a primeira super-Lua deste ano. Mas não faz mal se não se apercebeu disso. É que a super-Lua de 14 de Novembro é a mais “favorável” deste ano para observação, sublinha o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL). Ou seja, é a que este ano estará mais perto de nós.
Lua Cheia no apogeu a 3 Fevereiro 2015 (esquerda) e no perigeu a 9 de Agosto de 2014 Robert J. Vanderbei
Nessa altura, o satélite estará a 356.509 quilómetros da Terra. Com esta aproximação parecerá 14% mais larga e 30% mais brilhante do que o habitual. Mas “nem todas as super-Luas têm o mesmo tamanho aparente e brilho”, uma vez que isso depende da distância do perigeu, lembra o OAL.
 
Cerca de duas horas e meia depois de atingido o perigeu nesta segunda-feira, mais exactamente às 13h52 (de Lisboa), o satélite natural da Terra estará mesmo em fase de Lua Cheia. Nos momentos exactos em que estes dois fenómenos acontecem (a chegada ao perigeu e a entrada na fase de Lua Cheia), o satélite ainda estará abaixo do horizonte em Portugal.
 
Mas esta é também uma super-Lua “extrema”, como explica o OAL. Isto porque não há um grande desfasamento temporal entre a passagem no perigeu e a entrada em fase de Lua Cheia.
 
Por isso, esta Lua será digna de se ver nessa noite. Nascerá às 17h50, em Lisboa. “Nesta altura, parecerá maior, não apenas pela ocorrência da super-Lua, mas porque, estando mais próxima do horizonte, vê-se mais ampliada”, lê-se ainda no site do OAL, explicando que "essa será a melhor ocasião” do dia para se observar. Ressalva-se, no entanto, que esse aumento do tamanho da Lua é uma “ilusão de óptica”.
 
Também no dia seguinte (15 de Novembro), a Lua, que nascerá às 18h40 (de Lisboa), estará sob um efeito de ilusão óptica. Ainda nos vai parecer grande. E a 14 de Dezembro, ocorrerá outra super-Lua, a terceira a última deste ano – embora com o perigeu mais distante da Terra (a 358.461 quilómetros) do que a 14 de Novembro.
 
A última vez que a órbita da Lua esteve tão perto do nosso planeta, como acontecerá já na segunda-feira, foi há 68 anos. Em 1948, a distância foi então de 356.461 quilómetros, tendo estado até um pouco mais próxima (cerca de 48 quilómetros) do que vai estar agora.
 
Para quem não guardar um momento do dia para observar o céu durante esta aproximação, só poderá fazê-lo daqui a 18 anos, mais exactamente a 25 de Novembro de 2034 (a Lua estará então a 356.445 quilómetros da Terra).
 
No Planetário do Porto – Centro Ciência Viva, por exemplo, haverá uma sessão pública de observação da Lua com telescópios, entre as 19h e as 21h de segunda-feira. Para ajudar a compreender este fenómeno, haverá modelos à escala da Terra e da Lua e também se irá recorrer ao sistema de projecção digital fulldome (projecção na cúpula do planetário, criando o efeito de ambiente imersivo).
 
As super-Luas não são um fenómeno inédito, uma vez que acontecem, em média, quatro a seis vezes por ano, explica, em comunicado, o Centro de Astrofísica Smithsonian da Universidade de Harvard, nos EUA. Desde 2014, já houve seis super-Luas. No próximo ano, haverá uma apenas, a 3 de Dezembro, refere o documento Super-Luas desde 2014 a 2050, do OAL.
 
Mas além das super-Luas, também existe o fenómeno “oposto” – as micro-Luas. Neste caso, a Lua Cheia ocorre quando o nosso satélite natural está no seu ponto mais afastado da Terra, o apogeu. “Pode ser interessante saber que a Lua Cheia distante também é por vezes referida como micro-Lua”, nota o Centro de Astrofísica Smithsonian.

Chovem estrelas

Embora o céu de Novembro possa estar nublado, haverá várias chuvas de meteoros, as vulgares chuvas de estrelas. As órionidas (de actividade moderada) ocorrerão de 14 de Novembro a 6 de Dezembro, com maior intensidade prevista para 28 de Novembro. Surgem na constelação de Órion, daí o seu nome.
 
Também são de destacar as leónidas, que acontecem quando a Terra se cruza a órbita do cometa Tempel-Tuttle e os restos que ele lá deixou provocam esta chuva de meteoros, de 14 a 20 de Novembro, com origem na constelação do Leão. A intensidade máxima será a 17 de Novembro.
 
Como não há duas sem três, ainda poderão observar-se as táuridas, com origem na constelação do Touro. Divididas em norte e sul, podem ser contempladas por períodos distintos. As táuridas do Sul podem ser vistas de 10 de Setembro a 20 de Novembro; enquanto as táuridas do Norte podem ser observadas de 20 de Outubro a 20 de Novembro, com o pico a 14 de Novembro – o mesmo dia, note-se, da super-Lua mais “favorável” deste ano.
 
Para todas estas noites de Novembro e Dezembro, o OAL aconselha quem quiser ver a beleza dos astros a “evitar a poluição luminosa das grandes cidades e procurar um horizonte desimpedido”. Caso o tempo assim o deixe.

mySugr – A app que o vai ajudar a controlar a diabetes

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A mySugr é uma aplicação gratuita, disponível para Android e iOS, criada para pessoas com diabetes por diabéticos, dando a estes a possibilidade de elaborar um diário da doença, facilitando a rotina de um doente.

Através desta aplicação, o utilizador poderá fazer uma monitorização de vários indicadores, como a glicemia, as tomas de insulina, medicamentos, os alimentos consumidos, o próprio peso, entre outros, de forma a poderem controlar a doença.


 
Todos estes dados poderão, posteriormente, ser analisados através de representações gráfica e exportadas para CSV. Existe uma versão Pro que irá, obviamente, oferecer mais funcionalidades aos utilizadores, que poderá compensar, mediante as suas necessidades.