terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Apanhar quem quebra promessas

Como é costume dizer o prometido é devido, se bem que por vezes a promessa, que tem como base a cooperação e confiança, pode não ser mantida, face a incentivos materiais, quer seja em contexto social, económico ou político.
Dentro em breve quem falta a promessas vai-se dar mal. Investigadores suíços descobriram que o cérebro manifesta uma actividade anormal quando se falta ao prometido.
Para se chegar a essa conclusão, estudiosos realizaram uma experiência de interacção social, através de um scanner cerebral, em que a quebra de uma promessa traria benefícios monetários para o incumpridor e prejuízos para a parte ludibriada.
Os resultados revelaram que se verificava um aumento da actividade em determinadas áreas do cérebro que desempenham um papel importante no processamento das emoções e do controlo, que acompanhavam o mecanismo da quebra da promessa – o que sugere que a mesma activa um conflito no prevaricador, por não ter honrado o compromisso assumido. Os resultados obtidos poderão ser utilizados para prever comportamentos futuros, intenções maléficas e expor os mentirosos, o que seria uma mais-valia no campo das Ciências Forenses.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Os vulcões

Nascemos no coração das estrelas, onde se gerou o carbono, poderoso elemento estruturante da vida, quem sabe, se bem semeada na imensidão do Cosmos, mas é neste grão minúsculo, em que a todo o momento se enfrentam a serenidade dos dias que passam e o sobressalto violento das torrentes que jorram das suas entranhas, que continuamos a sentirmo-nos infinitamente pequenos perante a grandiosidade dos vulcões.
E porque os vulcões são fonte de vida e de morte, por que não visionarmos o pequeno vídeo "Riscos e benefícios da actividade vulcânica" utilizado no projecto "Terra - um planeta irrequieto" do Agrupamento de Escolas D. Manuel I - Tavira?


A Genética no nosso tempo

Numa época em que o hoje rapidamente se transforma em passado, em que as certezas de ontem dão lugar às dúvidas do presente e o binómio ciência-tecnologia não pára de nos surpreender, a visualização do pequeno vídeo "Genética" constitui mais uma pedra na construção da literacia científica da nossa comunidade.

Só o conhecimento nos permite tomar posições fundamentadas sobre os grandes desafios com que a humanidade se depara e, não será a manipulação de emoções e de valores que se tomam por perenes e inerentes à condição humana, que desviará o homem da atracção pela maçã, da poderosa pulsão de eliminar limites, de dar corpo à ideia de 68 de que é proibido proibir.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Agora pode ler-se nos olhos dos mortos a data do nascimento

Através do site “Ciência Hoje” ficamos a saber que um grupo de investigadores dinamarqueses desenvolveu um método que permite conhecer a data de nascimento de um indivíduo através da análise do cristalino do olho.
No campo das ciências forenses esta descoberta poderá revelar-se um valioso instrumento na determinação da idade de corpos não identificados.

O método desenvolvido baseia-se no facto de as proteínas do cristalino formadas durante o primeiro e segundo anos de vida se manterem sem alterações significativas ao longo da vida.

O carbono-14 é um isótopo radioactivo que apresenta um tempo de semi-vida de 5730 anos e que tem sido utilizado na determinação da idade de materiais que contenham carbono na sua constituição, como acontece com as proteínas. Ocorre naturalmente na natureza e vai-se degradando em Azoto-14.

A quantidade de carbono-14 existente num organismo inserido nas cadeias alimentares, mantém-se constante enquanto estiver vivo e é idêntica à encontrada na atmosfera. Logo que ocorra a morte, o organismo deixa de se comportar como um sistema aberto, não havendo, por isso, renovação daquele isótopo, pelo que os seus restos vão-no perdendo lentamente através da sua transformação em azoto-14.

As alterações decorrentes das explosões nucleares desde o final da Segunda Guerra Mundial levaram à duplicação do valor do carbono-14 na atmosfera. Esta situação reflectiu-se, igualmente, nos organismos vivos, pois através do processo fotossintético o carbono-14 existente em moléculas de CO2 vai incorporar-se nas moléculas orgânicas dos alimentos e por conseguinte nas proteínas do cristalino.
Tal como os basaltos dos fundos oceânicos apresentam a polaridade do campo magnético da altura em que foram formados, o cristalino reflecte nas suas proteínas o nível de carbono-14 existente aquando da sua formação.
Utilizando a tecnologia adequada, neste caso, um grande acelerador nuclear, é possível quantificar o carbono-14 existente em fracções diminutas de tecido do cristalino e a partir daí determinar o ano de nascimento de um indivíduo.


Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=24994&op=all (adaptado)