sábado, 30 de janeiro de 2010

Nanotecnologia na recolha de provas

Frequentemente, ouve-se falar acerca de nanotecnologia e dos seus avanços. Hoje, graças a esses mesmos avanços, a recolha de impressões digitais, na produção de provas, está não só facilitada como melhorada.
O método mais tradicional assenta no facto de em meio ácido, as partículas de ouro se ligarem aos iões de carga positiva na impressão digital. Esta será revelada através de uma solução de iões de prata, que origina os tão famosos contornos escuros da impressão digital.
Esta técnica padece do problema da instabilidade da solução de ouro, pelo que seria de todo o interesse o aparecimento de um processo que ajudasse a ultrapassar esta situação. Tal, parece ter acontecido com o desenvolvimento de um novo método em que às nanopartículas de ouro são adicionadas cadeias hidrocarbonadas (constituídas por átomos de carbono e hidrogénio, associados por ligações covalentes) que serão suspensas em éter de petróleo. Através deste processo obtêm-se impressões digitais de elevada qualidade cuja revelação não ultrapassa três minutos.
Esta técnica foi adaptada a superfícies não porosas, na qual se recorre a uma suspensão de cádmio selenide/sulfureto de zinco em éter de petróleo e em que a impressão digital se torna fluorescente, dispensando os trabalhos de revelação.


Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=21020&op=all (adaptado)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O cabelo e os registos da vida

Hoje, um mero fio de cabelo, consoante o seu comprimento e o período em que caiu, poderá levar à identificação de uma vítima de homicídio ou mesmo à confirmação de álibis.
Esta constatação deriva de um estudo, que teve como base amostras de água da torneira e cabelos recolhidos de cabeleireiros, o qual revelou que 85% das variações de isótopos de hidrogénio e oxigénio nos cabelos de uma pessoa se devem a diferentes composições da água potável.
Por este motivo, foi elaborado um mapa que expressa a razão existente entre a quantidade de átomos de hidrogénio e de oxigénio e os respectivos isótopos presentes no cabelo que permite identificar uma determinada zona geográfica. Este conhecimento já possibilitou estabelecer os percursos efectuados por uma mulher que foi assassinada nos Estados Unidos da América há já alguns anos.
Para além dos óbvios contributos que esta técnica terá no campo das Ciências Forenses, também os médicos poderão determinar sintomas associados ao agravamento de doenças alimentares. Antropólogos e arqueólogos poderão, igualmente, utilizar este conhecimento para a reconstituição das migrações das populações ou animais extintos.