quarta-feira, 27 de abril de 2011

Terramoto e Tsunami no Japão

No dia 11 de Março de 2011, mais uma vez, o Japão foi atingido por um violento sismo cuja magnitude atingiu o valor 8,9-9,0 na escala de Richter. O epicentro foi a 130 Km da costa leste da Península de Oshika, na região de Tohoku, com hipocentro a uma profundidade de 24,4 Km.

O sismo originou um tsunami com ondas de 10 metros que devastaram e aterrorizaram muitas cidades costeiras. A catástrofe só não provocou centenas de milhares de mortos porque este país é um dos mais bem preparados face aos fenómenos sísmicos e possuidor de sistemas de alerta de tsunamis.

A ocorrência de uma maior frequência de tsunamis no Pacífico, decorre da existência de zonas de subdução em que estão implicadas placas oceânicas mais densas que afundam sob placas continentais mais leves, precisamente o contexto tectónico em que o Japão se insere.

Nos tsunamis as ondas podem deslocar-se a velocidades superiores a 750km/h e à medida que se aproximam da costa, onde as águas são menos profundas, perdem velocidade mas aumentam de altura e com isso o poder destruidor que se abate sobre as zonas costeiras.
O sismo ao ter afectado tão profundamente as estruturas de várias centrais nucleares, entre as quais a de Fukushima, de onde o Japão obtém uma parte muito significativa da energia eléctrica que consome, criou problemas de contaminação radioactiva que trouxeram à memória dos mais velhos os dias terríveis do final da Segunda Guerra Mundial.
Foi com o coração nas mãos e um civismo a todos os níveis notável, que os japoneses têm enfrentado a ameaça do holocausto nuclear, sentindo na pele que a tecnologia, por mais avançada que seja, será sempre um tigre de papel face a fenómenos naturais desta envergadura.