sexta-feira, 8 de julho de 2016

As 10 alergias mais estranhas do mundo

Nuno Noronha // Saúde e Medicina
O corpo humano é uma máquina incrível, mas como todas as máquinas pode ter defeitos de fabrico. Conheça as dez alergias mais estranhas do mundo.
Alergia às redes-wifi - Chama-se hipersensibilidade eletromagnética, também conhecida por alergia invisível. Embora ainda não seja reconhecida como uma doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, este problema afeta três por cento da população. Olle Johansson, investigador em Neurociência do Karolinska Institute, na Suécia, estuda o fenómeno há vários anos. O sintoma mais comum desta doença são as dores de cabeça. A Suécia foi o primeiro país a reconhecer a patologia.
Alergia ao filho recém-nascido - De acordo com a Associação Norte-Americana de Obstetras e Ginecologistas, a penfigóide gestacional é uma doença auto imune e um problema de pele caracterizado por bolhas no abdómen e, em alguns casos, em outras regiões do corpo da mãe. As mães podem desenvolver esta condição durante o segundo ou terceiro trimestre de gravidez e depois do parto. Em casos mais raros, a criança pode também nascer com a alergia. A doença também é denominada por herpes gestacional devido à característica das bolhas, embora não tenha nenhuma relação com o vírus do herpes.
Alergia ao sémen - Chama-se hipersensibilidade ao plasma seminal. Esta alergia auto imune resulta de uma má interpretação por parte do sistema imunitário. Quando o sémen entra no organismo de uma pessoa alérgica, os leucócitos, células de defesa do organismo, identificam erroneamente as proteínas do sémen como invasoras (como, por exemplo, bactérias e vírus), atacando-as. Há menos de 100 casos descritos na literatura médica.
Alergia ao exercício físico - Chama-se anafilaxia induzida pelo exercício (AIE). Trata-se de uma forma rara de alergia física que ocorre na sequência de esforços físicos. Os sintomas mais comuns são o prurido, as manchas na pele e a urticária. Algumas pessoas sofrem deste patologia apenas quando ingerem um alimento específico antes de praticarem atividades físicas.
Alergia ao sol - A alergia ao sol é uma reação do sistema imunitário à exposição da pele à luz solar. É também chamada de erupção cutânea fotoalérgica ou fotoalergia e fotodermatose. Estima-se que 5 a 10% das pessoas sofram desta patologia. Os sintomas incluem a formação de bolhas de cor vermelha na pele, que causam prurido. Pode dar-se ainda a formação de bolhas com um líquido transparente. A origem exata desta alergia ainda é pouco clara, mas os cientistas acreditam que a culpa esteja nos raios ultravioletas A (UVA) que penetram mais profundamente na pele do que os raios UVB.
Alergia às moedas - Chama-se dermatite de contacto. As moedas de um e dois euros podem desencadear alergias em algumas pessoas, devido à grande quantidade de níquel que libertam por ação do suor quando manuseadas, afirmam cientistas da universidade suíça de Zurique num estudo publicado na revista "Nature". As moedas podem provocar ardores, irritação e erupções cutâneas em indivíduos alérgicos ao níquel.
Alergia ao suor - A miliária apresenta-se sob a forma de erupção cutânea e está relacionada com as glândulas sudoríparas (que produzem o suor). Afeta principalmente as crianças, mas também pode atingir os adultos. Esta alergia surge sobretudo no tronco e na região cervical. As lesões geralmente são acompanhadas por coceira. Formam-se "bolinhas avermelhadas" ou vesículas (pequeninas bolhas), podendo, em alguns casos, formar lesões mais exuberantes
Alergia ao toque - A sensibilidade ao toque também se designa de dermografismo. É um distúrbio caracterizado pelo facto da pele inchar ou inflamar quando picada ou arranhada por um objeto. O dermografismo não tem cura, mas as crises da doença podem ser prevenidas ou controladas com remédios. Esta condição resulta da presença de mastócitos na superfície da pele. Estas células libertam histamina, substância responsável pela inflamação, sem que haja a presença de antigénios capazes de gerar uma resposta imune.
Alergia à água - A urticária aquagénica é uma forma muito rara de reação alérgica à água. Existem poucos casos descritos na literatura médica. Pensa-se que se deve à presença na pele de um antigene (substância que ativa o sistema imunitário) hidrossolúvel. Em contacto com a água, o antigene dissolve-se, atravessa a pele e provoca a libertação de histamina, que provoca o aparecimento de inchaço, ardor e outros sintomas alérgicos. As pessoas afetadas não suportam estar mais de um minuto no chuveiro ou na piscina: o corpo é invadido por uma dolorosa erupção cutânea que demora horas a desaparecer.
Alergia à roupa interior - Os principais sintomas são prurido e desconforto na zona púbica. A alergia a roupas íntimas é relativamente comum e pode trazer muito desconforto e constrangimento caso não seja controlada. Várias pessoas podem ser sensíveis aos produtos químicos usados para produzir os tecidos como lycra e nylon. A solução mais fácil é procurar tecidos naturais puros.
 
 

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