Nos últimos três anos, os habitantes da cidade de Kalachi, no Cazaquistão, têm adormecido do nada, podendo estar neste estado comatoso durante dias. Quando finalmente acordam, eles sentem tonturas, dores de cabeça, náuseas e perdas de memória.
O caso tornou-se célebre mundialmente em Março e as conclusões da investigação ordenada pelo primeiro-ministro cazaque chegaram agora ao fim, com a conclusão há muito esperada: a cidade encontra-se envenenada por urânio não utilizado de numa mina próxima.
Para além dos habituais sintomas de mal-estar e dos sonos trocados, a população sentia ainda alucinações bizarras – especialmente as crianças -, agressividade e, por vezes, intenso desejo de praticar actos sexuais, avança a imprensa britânica.
“[Há homens com erecções intermináveis]. Os médicos riem-se e as enfermeiras ficam embaraçadas”, explica uma mulher cujo marido se encontra nesta estranha condição.
O fenómeno, que já atingiu 160 habitantes desde 2012, parece finalmente resolvido. A velha mina, utilizada nos tempos da União Soviética, está a levar níveis muito altos de monóxido de carbono para a aldeia, envenenando os seus habitantes.
“Depois de vários exames médicos, realizados em Moscovo e Praga, os nossos investigadores confirmaram que o monóxido de carbono é responsável pela epidemia de sono na aldeia de Kalachi”, explicou ao Mail Online Berdybek Separbayev, vice-presidente do Cazaquistão.
Situada a 400 quilómetros da fronteira russa, Kalachi e a aldeia vizinha de Krasnogorsk estão a ser evacuadas. O Governo cazaque está a relocalizar os habitantes em novas casas e a entregar €1.250 a cada pessoa que seja retirada da aldeia – 68 das 223 famílias já se mudaram.
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