segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Análise de DNA revela origem comum de asiáticos e nativos americanos


Estudo estabelece relações genéticas entre primeiros humanos modernos e populações atuais

Publicado em www.cienciahoje.pt 2013-01-24
Escavações na gruta Tianyuan, perto de Pequim

A análise de DNA de fósseis da perna de um humano moderno com 40 mil anos, achado na China, revelaram que este humano partilha uma origem comum com os antepassados de muitos asiáticos atuais e americanos nativos.
 
Os especialistas descobriram também que a proporção de DNA neandertal e denisovano neste ser não é mais alta do que nas pessoas que vivem naquela região atualmente.
Os restos analisados foram encontrados em 2003 na gruta Tianyuan, perto de Pequim. A equipa de investigadores na qual se encontra Svante Pääbo e Qiaomei Fu, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva de Leipzig (Alemanha), sequenciaram o DNA nuclear e mitocondrial extraído de uma perna e fizeram a datação por carbono.

Segundo se explica no trabalho, publicado na «PNAS», os humanos com uma morfologia semelhante à dos homens e mulheres atuais aparecem em registos fósseis na Eurásia, datados entre 40 mil e 50 mil anos. As relações genéticas entre estes primeiros humanos modernos e as populações humanas atuais ainda não tinham sido estabelecidas.
Fu e Pääbo utilizaram novas técnicas que permitem identificar material genético antigo procedente de achados arqueológicos. Graças à tecnologia, os investigadores conseguiram reconstruir o perfil genético do dono da perna.

Este indivíduo viveu durante uma transição evolutiva importante, o momento em que os primeiros humanos modernos começaram a substituir os neandertais e os denisovanos, que acabaram por se extinguir, explica Pääbo.

Da mesma forma, o perfil genético deste humano moderno revelou que o indivíduo está relacionado com os antepassados de muitos dos asiáticos e dos nativos americanos do presente, apesar de já se ter separado geneticamente dos antepassados dos atuais europeus.

Futuras análises dos primeiros humanos modernos na Euroásia irão melhorar a nossa compreensão sobre quando e como os humanos modernos se expandiram pela Europa e Ásia, conclui o investigador.


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