Uma mudança na camada de gelo permanente em que a camada mais fina desaparece no verão tem grandes implicações no ambiente. É por isso que os investigadores do Instituto Polar Norueguês defendem que o Oceano Árctico está a entrar numa “nova era” com as alterações climáticas.
A 25 de Fevereiro deste ano, a superfície gelada do Oceano Árctico registou um mínimo histórico. Desde 2002 que o tamanho do manto gelado de inverno do Árctico tem vindo a diminuir. Em 2013 aumentou ligeiramente, mas em 2014 voltou a diminuir. Os cientistas não sabem ao certo o que causa estas variações dramáticas, mas sabem que a tendência é para que o manto de inverno continue a diminuir de ano para ano.
Perante as alterações extremas que começam a acontecer nos pólos, esta equipa de cientistas noruegueses quer perceber quais as reais implicações para o ambiente, já que se pode tratar de uma reacção em cadeia.
A bordo do navio científico “Lance”, a equipa do Instituto Polar Norueguês começou já a monitorizar estas alterações. No último inverno, a expedição conseguiu chegar a cerca de 800 quilómetros do Pólo Norte nos meses mais frios. Segundo explica o director da instituição norueguesa, Jan-Gunnar Winther, à BBC, é através das medições do gelo durante o inverno que se podem retirar conclusões e definir cenários futuros.
“Não temos quase nenhuns dados sobre o Oceano Árctico no inverno – com algumas excepções -, por isso esta informação é muito importante para percebermos o processo de congelamento do gelo no início do inverno e também aqui estaremos quando começar a derreter no verão”, afirma Jan-Gunnar Winther.
Recolher dados sobre as condições do gelo vai permitir melhorar os modelos climáticos o que, por sua vez, ajudará a minimizar a margem de erro das projecções sobre as alterações climáticas.
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