terça-feira, 5 de novembro de 2013

Cientistas testam robô que detecta e destrói alforrecas

Artigo publicado pelo jornal Público em 06/10/2013
Equipamento foi desenvolvido por centro de investigação da Coreia do Sul.
Tem havido casos crescentes de proliferação de medusas, mas ainda não há dados globais
Para quem só vê problemas nas alforrecas, eis aqui uma solução radical: eliminá-las com robôs marinhos que as detectam e as dilaceram.
 
Tal máquina existe e chama-se Jeros (Jellyfish Elimination Robotic Swarm) . Foi desenvolvida pelo Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul e tem sido alvo de testes que os cientistas consideram satisfatórios.
 
Imagens difundidas por este centro de investigação mostram como a tecnologia funciona. Os Jeros operam junto à superfície da água, com uma parte submersa. Equipado com câmaras e GPS, a robô não só detecta as medusas, como ajusta automaticamente o trajecto até dar com elas, para um encontro fatal.
 

Uma espécie de rede acoplada ao equipamento cerca as alforrecas, que são assim atraídas para ventoinhas que literalmente as pulverizam.
Cada robô é capaz de eliminar 400 quilos de medusas numa hora. Com três a trabalharem em simultâneo, o método já supera, em eficácia, a remoção manual dos animais, com redes.



A proliferação de medusas tem causado problemas em diferentes situações, seja a banhistas, seja a equipamentos. Na semana passada, uma central nuclear na Suécia teve de encerrar um dos seus reactores, devido à entrada de grandes quantidades de alforrecas no seu sistema de refrigeração. Outras centrais nucleares enfrentaram situações semelhantes no passado. Em 2009, um barco de pesca japonês afundou, depois de lançar as redes numa zona do mar infestada por alforrecas gigantes.
Casos de proliferação de alforrecas têm sido reportados em vários pontos do mundo. Entre as causas poderá estar a sobreexploração da pesca, por eliminar os predadores naturais das medusas, e a proliferação de alimento, pelo acrescimento de nutrientes devido à poluição.
Muitos cientistas sustentam, no entanto, que apesar do número crescente de casos reportados, não há dados suficientes para se concluir que se trata de um fenómeno à escala global.

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