Análises genéticas e químicas de esqueletos revelam origens
dos primeiros habitantes da Sicília
Publicado em www.cienciahoje.pt em 2012-11-29
Ilhas Égadi, Sicília, Itália
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Restos de esqueletos encontrados numa gruta em Favignana
(ilhas Égadi, Sicília, Itália) revelam que os primeiros assentamentos de
humanos modernos na Sicília remontam à última idade do gelo. Apesar de viverem
numa ilha mediterrânica, esses caçadores-recolectores comiam pouco marisco.
O artigo que apresenta estas e outras conclusões está
publicado na «Plos ONE». A investigação foi levada a cabo por uma equipa do Max
Planck Institute dirigida por Marcello Mannino.
A análise genética dos ossos descobertos fornece alguns dos
primeiros dados de DNA mitocondrial dos primeiros humanos daquela região, uma
peça essencial para a análise destes antepassados. A análise revela em que
altura a humana moderna chegaram às ilhas.
O povoamento definitivo da Sicília ocorreu no auge da última
era glaciar, entre 19 mil – 26 500 anos, quando o nível do mar estava baixo o
suficiente para expor a 'ponte' terrestre entre a ilha e a Península Itálica.
Os autores também analisaram a composição química dos restos
humanos e descobriram que aquelas populações mantiveram um estilo
caçador-recolector, dando mais importância, na sua alimentação, aos animais
terrestres do que aos recursos marinhos.
O estudo publicado na «Plos ONE» é de acesso livre.
Artigo: Origin and Diet of the Prehistoric Hunter-Gatherers
on the Mediterranean Island of Favignana (Ègadi Islands, Sicily)
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