terça-feira, 17 de setembro de 2013

Equipa portuguesa associa excesso de restos de células no sangue à asma

Artigo publicado pelo jornal Público em 12/09/2013
Restos de plaquetas em grandes quantidades no sangue foram associados a doentes asmáticos, mostra um novo artigo de uma equipa da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
 

Os asmáticos têm os pulmões inflamados
Uma equipa portuguesa da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) observou que os asmáticos têm mais partículas celulares no sangue do que as pessoas sem esta doença, mostra um artigo publicado na última edição da revista Allergy. O estudo poderá ajudar a compreender os mecanismos que causam esta doença que afecta 300 milhões de pessoas no mundo.
 
Em muitas doenças, como o cancro, a diabetes ou a artrite reumatóide, há um excesso de acumulação dos restos de células – normalmente são fragmentos de membranas de células endoteliais, plaquetas ou glóbulos brancos. Mas nunca se tinha encontrado este fenómeno nos doentes de asma.
 
“Realizámos testes clínicos e laboratoriais num grupo de 20 pacientes asmáticos e 15 não asmáticos”, relata em comunicado Delfim Duarte, líder da equipa de investigadores que realizou esta experiência, dos Departamentos de Bioquímica e Imunologia da FMUP. Além disso, a equipa observou o grau de inflamação e de formações de vasos sanguíneos novos.
 
Os cientistas descobriram que as pessoas com asma tinham níveis maiores de restos de plaquetas do que o grupo de não asmáticos, o que sugere que este fenómeno é uma característica de quem tem esta doença. Esta descoberta pode ajudar a desenvolver novos biomarcadores que identifiquem a doença.
 
A asma é uma doença respiratória originada por uma combinação de factores genéticos e ambientais que causa a inflamação dos pulmões. Os asmáticos têm frequentemente crises que podem ser controladas por medicação. Durante essas crises têm dificuldade de respirar, tosse e síbilos.
 
 

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