sexta-feira, 7 de junho de 2013

Novo material desenvolvido na Universidade de Minho ataca cancro

Artigo da LUSA publicado pelo jornal Público em 05/06/2013
Material microporoso com iões de zinco mata certas células cancerosas. Estudo pode abrir porta a novos materiais para o combate aos tumores.
O potencial deste método é poder testar um grande número de materiais microporosos com vários iões metálicos
Uma equipa internacional liderada por um investigador da Universidade do Minho criou um material microporoso com iões de zinco que suprime selectivamente certos tipos de cancro, sem efeitos negativos para as células saudáveis, anunciou nesta quarta-feira a universidade.
 
A pesquisa “abre um novo campo na luta contra o cancro”, lê-se num comunicado da Universidade do Minho. O artigo sobre a descoberta foi publicado na revista RSC Advances.
 
“Na presença de quantidades muito pequenas do novo material, conseguimos a supressão selectiva até 95% de um tipo de célula humana cancerígena ou ‘imortal’ e de uma célula que leva à cirrose em humanos”, explicou o líder daquela equipa, Stanislav Ferdov.
 
O trabalho mostra como uma combinação de materiais porosos e iões de metal pode ser usada para a preparação de novos medicamentos na luta contra o cancro. “Aprofundando esta investigação, esperamos aumentar os genótipos de cancro que possam ser inibidos selectivamente e com eficácia”, sublinhou o investigador do Centro de Física da Universidade do Minho.
 
O investigador defende ainda que o potencial deste método é poder testar in vivo e in vitro um grande número de materiais microporosos com vários iões metálicos. “Para os materiais desta classe, este pode ser um avanço sem precedentes”, afirmou.
 
Além da Universidade do Minho, estiveram também envolvidos neste trabalho investigadores da Academia Búlgara de Ciências, do Centro Nacional de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Bulgária e da Universidade de Aveiro.

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