quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Dia Mundial de Luta Contra a SIDA

29/11/2018

Dia Mundial de Luta Contra a SIDA



1 de dezembro de 2018

No próximo sábado, 1 de dezembro, assinala-se mais um Dia Mundial de Luta Contra a SIDA.

Longe vão aqueles anos da década de oitenta do século passado em que esta síndrome surgiu em força acompanhada por uma profunda marca estigmatizante de todos conhecida, lançada por forças obscuras que, na sua sanha persecutória pretenderam ver nesta infeção uma culpa/castigo que viria por cobro, no seu entender, ao que classificavam como escabrosos comportamentos.

Cedo, porém, se verificou que o vírus, o tristemente conhecido Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) que ataca o sistema imunitário não discrimina, não ataca grupos específicos.

 O problema da infeção foca-se não naquilo que se é, mas nos comportamentos que facilitam a infeção e a transmissão do vírus.

O tema que dá corpo às comemorações deste ano “Conhece o teu estado” vem ao encontro de um persistente problema na luta contra o vírus que se prende com deteção tardia da infeção por VIH, na medida em que mais de metade dos casos são diagnosticados tardiamente.

Não sendo uma característica exclusivamente portuguesa, é infelizmente um modo de ser e estar muito nosso, a ideia de que as coisas menos boas só afetam os outros, guardando para amanhã o que deveria ter sido feito ontem. O diagnóstico tardio da infeção tem contribuído para a manutenção das cadeias de transmissão, segundo alerta a Direção Geral de Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Relativamente ao perfil dos novos infetados, tem-se constatado que nos anos mais recentes a grande maioria são homens e heterossexuais situando-se na faixa etária dos 20 aos 30 anos, verificando-se também, elevados valores de infeção em indivíduos com 50 ou mais anos.

A promoção dos testes de VIH para despiste da infeção é a chave para a resolução do problema da deteção tardia da infeção.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Dia Mundial do Não Fumador 2018

15 de novembro de 2018


Dia Mundial do Não Fumador 2018
Dia 17 de novembro
Não nascemos para ser escravos…
Porque o amanhã começa hoje, qualquer momento é o momento certo para parar, refletir e debater sobre a questão do tabagismo e a dependência física e psicológica que o caracteriza.

Para adolescentes ávidos de novas descobertas e sensações, desejosos de integrar grupos de pertença e com eles se identificar na definição e partilha de valores e comportamentos, coloca-se o dilema de decidir se enveredam ou não pelos domínios do tabagismo.

Para aqueles que em certo momento se deixaram enredar pelo canto da sereia, optando pela “opressão do tabagismo”, cabe-lhes a decisão de continuar a deixar-se ir com a corrente ou trilhar o caminho das pedras, encarar o problema porque de um problema grave se trata, que mexe com a sua saúde e dos que lhe são próximos. É bom que estejamos todos cientes que o tabagismo não é apenas um problema de saúde individual mas também familiar e comunitária.

Numa sociedade que se quer formada por homens e mulheres livres, convictos que o livre arbítrio é uma marca, um selo identitário do ser-se humanidade, é fundamental interiorizar o princípio de que a liberdade de cada um começa onde acaba a liberdade do outro. É este princípio fundador e estruturante de uma sociedade aberta, diversa, aceitadora e integradora da diferença, que nos impedirá de formular juízos de valor precipitados, quase sempre parciais, relativamente a comportamentos, como aqueles em que o tabagismo se enquadra.

A luta contra o tabagismo tem que ser travada de um modo inteligente ou não tivéssemos pela frente um inimigo responsável pela morte de mais 100 milhões de pessoas em todo o mundo no século passado. É já consensual que o tabagismo, ou hábito de fumar, é a principal causa evitável de doença, incapacidade e morte nos países desenvolvidos.

Não se mudam comportamentos por decreto e proibições sem nexo. O combate ao tabagismo baseado em campanhas de sensibilização relativamente aos malefícios decorrentes do consumo de produtos tabágicos, na criação de dificuldades à sua aquisição pelos mais jovens e a interdição do seu consumo no interior das instituições públicas e noutros espaços onde a liberdade de fumar colida com a liberdade de não estar exposto ao fumo, tem feito caminho nas últimas décadas.

 Em Portugal, cuja prevalência do consumo de tabaco foi de 20% das pessoas com mais de 15 anos no ano de 2014, tem-se assistido a uma certa estabilização dos hábitos tabágicos e mesmo diminuição dos números relativamente aos homens que, no entanto, não se constata nas mulheres, grupo em que a tendência é para o aumento do consumo.

Desiluda-se quem pensar que o combate ao tabagismo é uma guerra temporária com vitórias retumbantes, e que o empenhamento e a boa vontade de uns tantos ou mesmo de muitos, assegurarão o êxito desta empreitada. Tal como na parábola do filho pródigo que à casa paterna torna, as alegrias deste combate avaliam-se por cada homem e cada mulher que, por si próprios, numa luta renhida, sofrida, perdida e retomada, por vezes, também com a ajuda preciosa da comunidade, tenha conseguido desembaraçar-se da intrincada teia de dependências físicas e psicológicas criadas pelo tabagismo.

Equipa EPS do AEJD e GR 520

Diabetes – Um inimigo silencioso

14 de novembro de 2018

Dia Mundial da Diabetes

Tema do Dia Mundial da Diabetes em 2018

“Diabetes e Família – seja saudável”


Vivemos num tempo de coexistência de uma gritante e inqualificável ausência de condições materiais consideradas essenciais à dignidade humana e de um lauto banquete degradante e ignorante de excessos, cujos efeitos nefastos na saúde e qualidade de vida das populações não param de crescer.

Vem este desabafo a propósito de mais um Dia Mundial da Diabetes, assinalado no dia 14 de novembro, desde 2007, altura em que a ONU reconhecendo o perigo que esta doença constituía para o mundo e, em particular, para as famílias, passou a considerá-lo um dia das Nações Unidas. De facto, a diabetes, essa pandemia cuja elevada prevalência e crescente incidência em todo o mundo, está a tornar-se uma séria ameaça para as famílias, ao ponto de estimar-se que, em pouco mais de vinte anos, o número de doentes afetados por esta, que é a mais comum das doenças não transmissíveis, atinja mais de 640 milhões de pessoas.

A diabetes espelha bem os tempos modernos que presenciaram, em curtas décadas, a substituição de padrões alimentares que o decorrer dos séculos havia melhorado, refinado e preservado. O abandono de dietas alimentares, como a chamada dieta mediterrânica, mais consentâneas com as reais necessidades do nosso organismo e a sua associação a um sedentarismo reforçado em completa negação do que seria de esperar de um mundo cuja evolução tem atingido nos dois últimos séculos uma velocidade de cruzeiro, constituíram-se num problema cuja gravidade tem crescido sem cessar.

O consumo excessivo de alimentos processados - ricos em glícidos, gorduras e sal - e uma prática muito limitada de qualquer atividade física tem levado a que os portugueses, europeus que menos desporto fazem, apresentem das mais elevadas taxas de prevalência da diabetes, havendo mais de um milhão de indivíduos, segundo o Observatório Nacional da Diabetes.

A vida sedentária e os hábitos alimentares incorretos, considerados como “culturas de risco”, estão a colocar em causa a saúde e a qualidade de vida de uma população, também cada vez mais envelhecida, como atestam o desenvolvimento da obesidade, da hipertensão, das doenças cardiovasculares e da diabetes.

Assinalar o Dia Mundial da Diabetes, cujo símbolo é um círculo azul que representa a cor do céu ligando todos os povos da Terra, sendo também a cor da bandeira da ONU, é um ato de cidadania e de responsabilidade por parte dos homens e das mulheres marcando um compromisso de luta contra um inimigo, em muitos casos não diagnosticado, que continua a fazer o seu caminho de destruição lenta, constante e inexorável do bem-estar já não apenas dos indivíduos mais velhos mas também de jovens adultos e mesmo de adolescentes.

Neste Dia Mundial da Diabetes não é de mais relembrar a necessidade de prosseguir um estilo de vida saudável, que inclua atividade física regular, alimentação variada completa e equilibrada não esquecendo o controlo do peso corporal. Não será também de descurar o controlo de outros fatores de risco associados às doenças cardiovasculares, como o tabagismo, a hipertensão e a hipercolesterolemia, “ciosos companheiros de viagem” da diabetes. 

Se gosta de si e dos seus familiares, evite sobrecarregá-los com uma doença não transmissível e, na generalidade dos casos, passível de evitar.



Equipa EPS do AEJD e GR 520