26.10.2018
Destruir a membrana mucosa do intestino delgado e fazer com que nasça outra estabiliza os níveis de açúcar dos pacientes com diabetes tipo 2, segundo um novo estudo
Um procedimento médico de apenas uma hora deu resultados “espetaculares” para os doentes de diabetes tipo 2.
Investigadores
holandeses apresentaram esta semana, em Viena (Áustria), os resultados
de um estudo feito com 50 pessoas que todos os dias tinham de injetar
insulina para equilibrar os níveis de glicémia no sangue.
Nesse
procedimento foi introduzido, pela boca, um tubo com um pequeno balão de
água quente na ponta. Quando o tudo chega ao intestino delgado a água é
libertada e queima a membrana mucosa. Passadas duas semanas nasceu uma
nova membrana mucosa no intestino e a saúde destes pacientes melhorou.
Em 90% dos casos, e passado um ano, não tiveram de se injetar com
insulina.
“Devido a este tratamento, o uso de insulina pode ser
adiado ou mesmo evitado. Isso é promissor”, referiu Jacques Bergman,
professor de gastroenterologia que acompanhou o estudo.
Os
cientistas acreditam que existe uma ligação entre a possível absorção de
nutrientes pelo intestino e o desenvolvimento de resistência à insulina
em pessoas com diabetes tipo 2.
“Houve
uma melhoria espetacular nos níveis de açúcar no sangue logo um dia
após a operação, antes mesmo de perderem um quilo”, realçou o
investigador.
A questão agora é saber se este tratamento é permanente ou tem de ser repetido.
Além
de não terem de tomar insulina todos os dias, estes pacientes, segundo
os estudo, podem ainda beneficiar de um menor risco de desenvolverem
doenças cardiovasculares, insuficiência renal e dormência nos pés e
mãos.
Estão a ser selecionados outros 100 doentes de diabetes
tipo 2, com idades entre os 28 e os 75 anos, para continuar a
investigação.
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