26 out 2018
Uma nova espécie da famosa primeira ave da terra, o arqueoptérix, que
fez a transição entre répteis e aves, foi descoberta na Alemanha,
segundo um estudo hoje publicado na revista “Historical Biology”.
Depois
de mais se sete anos de investigação foi estabelecida a existência da
nova espécie, batizada "Arqueoptérix albersdoerferi".
Ao
contrário de estudos anteriores, o arqueoptérix é agora mostrado de
forma conclusiva como um antecedente primitivo das aves e um
intermediário evolutivo entre dinossauros e aves, possuindo dentes e
dedos com garras.
O
estudo divulgado hoje recorreu a análises usando novas técnicas para
dissecar virtualmente o fóssil e identificar adaptações esqueléticas que
teriam levado o arqueoptérix a voar.
“É
uma das espécies mais importantes do arqueoptérix porque é cerca de 400
mil anos mais jovem do que qualquer outro encontrado agora”, disse o
principal autor do estudo, Martin Kundrat, da universidade Pavol Jozef
Safarik, na Eslováquia.
O
responsável acrescentou que foi a primeira vez que muitos ossos e
dentes de arqueoptérix “foram vistos sob todos os aspetos, incluindo a
sua estrutura interna”, e salientou o uso da chamada “microtomografia
sincrotron”, uma técnica que é usada há poucos anos para revelar aspetos
de fósseis que não seriam visíveis de outra forma.
Os
especialistas fizeram a análise geoquímica da rocha que envolve os
ossos para encontrar a idade da ave e dizem que a nova espécie partilha
mais características com as modernas aves do que com os seus
antepassados dinossauros.
As
características sugerem que o "Arqueoptérix albersdoerferi" teria
possuído maior capacidade de voo do que as espécies mais antigas,
nomeadamente por ter ossos finos cheios de ar e maior área de fixação
dos músculos de voo.
Os
fósseis de 150 milhões de anos do arqueoptérix são conhecidos desde
1861, com 12 espécies recuperadas até hoje. O fóssil do presente estudo é
um dos mais misteriosos. Foi descoberto numa pedreira no sul da
Alemanha em 1990 mas foi mantido em propriedade privada até 2009.
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