sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Emissões de dióxido de carbono batem novo recorde em 2011

Texto de Ricardo Garcia publicado pelo jornal Público em 13/11/2012

"As emissões de dióxido de carbono atingiram um novo recorde em 2011, segundo um instituto alemão do sector das energias renováveis.
Em todo o mundo, a queima de combustíveis fósseis terá sido responsável pela libertação de 34 mil milhões de toneladas de CO2 para atmosfera, reforçando uma tendência de subida que havia sido interrompida em 2009, devido à crise económica.

Os cálculos, apresentados pela Plataforma Económica Internacional para as Energias Renováveis, com sede em Muenster, baseiam-se nas estatísticas da BP sobre o consumo de combustíveis fósseis, como o petróleo, o gás natural e o carvão.

A China lidera, de longe, a lista dos maiores emissores de CO2, com 8,9 mil milhões de toneladas. Em segundo lugar ficam os Estados Unidos, com 6,0 mil milhões, seguidos da Índia (1,8 mil milhões), Rússia (1,7 mil milhões) e Japão (1,3 mil milhões).

“Se as tendências actuais persistirem, até 2020 as emissões globais de CO2 vão aumentar mais 20%, até 40 mil milhões de toneladas”, antecipa o director da organização, Norbert Allnoch, num comunicado.

Os números da plataforma diferem das estatísticas apresentadas anualmente pela Agência Internacional de Energia (AIE). Em 2010, por exemplo, as emissões globais foram de 30,3 mil milhões de toneladas, segundo a AIE, e 33,2 mil milhões de toneladas, segundo o instituto alemão.

Os últimos cenários da AIE – o relatório World Energy Outlook 2012, divulgado esta segunda-feira – mostram que os combustíveis fósseis continuarão a suprir a maior parte do consumo mundial de energia, com uma fatia de 75% a 80% em 2035. Até lá, o mapa energético global sofrerá alterações profundas, com os Estados Unidos a transformarem-se, já em 2020, no maior produtor mundial de petróleo e com grandes alterações no comércio internacional de produtos energéticos."

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