Escaravelhos ameaçam três centenas de
palmeiras no Jardim Botânico de Lisboa
O escaravelho vermelho, proveniente da
Ásia, após ter dizimado centenas de palmeiras no Algarve chegou a Lisboa onde
até agora já infectou centenas delas, das quais várias foram abatidas. Os
escaravelhos põem em risco, assim, todas as palmeiras no Jardim Botânico que
não possui dinheiro para o seu tratamento permanente.

As
palmeiras mais afectadas pertencem à família
Arecacea em particular a Palmeira-das-Canárias, a Palmeira-Tamareira e ainda a Palmeira-de-Leque,
embora a propagação do escaravelho nesta última seja bastante menor.
Ao
alcançar a palmeira, o insecto põe ovos que mais tarde se desenvolverão na copa
e no interior da planta, alimentando-se da mesma, o que poderá levar à sua
morte.
A
presença de escaravelhos numa palmeira é evidenciada pela presença de:
-
Folhas desprendidas da copa e caídas no chão;
-
Orifícios e galerias na base das folhas, podendo conter larvas e casulos;
-
Copa desguarnecida no topo ou com um aspecto achatado pelo descaimento das
folhas centrais, que amarelecem e secam;
-
Folíolos de folhas novas seccionadas em ângulo ou com as pontas truncadas a
direito;
-
Fibras cortadas, húmidas com um cheiro fétido.
O
Jardim Botânico de Lisboa teme que muitas das suas palmeiras estejam
infectadas, podendo não ter recursos para verificar todas as palmeiras. Para
além deste tratamento ser caro, requer muito tempo pois é difícil analisar
todas as palmeiras, agravando-se pelo facto de, numa primeira fase da infecção,
não se conseguir verificar a olho nú se a palmeira está ou não infectada. Mesmo
assim, após a confirmação da infecção, o tratamento poderá não resultar, já que
os insectos se encontram no interior da planta que lhe fornece protecção contra
os insecticidas, o que acaba por contribuir para a propagação do escaravelho
vermelho e a sucessiva morte das palmeiras.
Fontes das imagens:
Isa Fernandes e Jan Hofman, alunos do 11ºB
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