Dia Mundial de Luta Contra a SIDA
1 de dezembro de 2018
No próximo sábado, 1 de dezembro, assinala-se mais um Dia Mundial de
Luta Contra a SIDA.
Longe vão
aqueles anos da década de oitenta do século passado em que esta síndrome surgiu
em força acompanhada por uma profunda marca estigmatizante de todos conhecida,
lançada por forças obscuras que, na sua sanha persecutória pretenderam ver
nesta infeção uma culpa/castigo que viria por cobro, no seu entender, ao que
classificavam como escabrosos comportamentos.
Cedo, porém,
se verificou que o vírus, o tristemente conhecido Vírus da Imunodeficiência Humana
(VIH) que ataca o
sistema imunitário não discrimina, não ataca grupos específicos.
O problema da infeção
foca-se não naquilo que se é, mas nos comportamentos que facilitam a infeção e
a transmissão do vírus.
O tema que
dá corpo às comemorações deste ano “Conhece o teu
estado” vem ao
encontro de um persistente problema na luta contra o vírus que se prende com deteção tardia
da infeção por VIH, na
medida em que mais de metade dos casos são diagnosticados tardiamente.
Não sendo
uma característica exclusivamente portuguesa, é infelizmente um modo de ser e
estar muito nosso, a ideia de que as coisas menos boas só afetam os outros,
guardando para amanhã o que deveria ter sido feito ontem. O diagnóstico tardio
da infeção tem contribuído para a manutenção das
cadeias de transmissão, segundo
alerta a Direção Geral de Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo
Jorge (INSA).
Relativamente
ao perfil dos novos infetados, tem-se constatado que nos anos mais recentes a
grande maioria são homens e heterossexuais situando-se na faixa etária dos 20
aos 30 anos, verificando-se também, elevados valores de infeção em indivíduos
com 50 ou mais anos.
A promoção dos
testes de VIH para
despiste da infeção é a chave para a resolução do problema da deteção tardia da
infeção.
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