sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Um em cada cinco répteis está ameaçado de extinção

Texto de Ricardo Garcia publicado pelo jornal Público em 15/02/2013.
"Aproximadamente uma em cada cinco espécies de répteis está em risco de desaparecer para sempre da Terra, segundo um estudo que faz pela primeira vez uma avaliação global da situação desta classe de animais.
Répteis ameaçados: Ahaetulla nasuta

Répteis ameaçados: Atheris ceratophora

Répteis ameaçados: Chamaeleo hoehnelii

Répteis ameaçados: Amphisbaena fuliginosa

Répteis ameaçados: Crytodactylus soba

Répteis ameaçados: Chamaeleo laterispinis

Répteis ameaçados: Eunectes notaeus

Répteis ameaçados: Echis pyramidum

Répteis ameaçados: Goniurosaurus kuroiwae
 
Répteis ameaçados: Ceratophora stodaartii

Répteis ameaçados: Lampropeltis triangulum

Répteis ameaçados: Ephebopus murinus

Répteis ameaçados: Lyriocephalus scutatus
 
No estudo, publicado na revista Biological Conservation, cientistas avaliaram uma amostra aleatória de 1500 espécies de répteis e concluíram que 19% estão ameaçadas de extinção. Não havia, até agora, uma indicação fidedigna do estado dos répteis a nível global. A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, mantida e actualizada anualmente pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), identifica 807 répteis “criticamente ameaçados”, “em perigo” ou “vulneráveis”. Mas apenas 39% das 9547 espécies descritas de répteis foram até agora avaliadas, segundo dados da Lista Vermelha. E a avaliação não tem sido sistemática, incidindo mais sobre determinadas áreas do globo ou sobre alguns tipos de répteis.
 
Está em curso uma avaliação completa dos répteis do mundo (Global Reptile Assessment). Mas enquanto isso não fica concluído, o estudo agora publicado oferece um atalho, através de uma amostra com representatividade global. “É basicamente um retrato imediato do estado dos répteis”, disse ao PÚBLICO Philip Bowles, da Comissão de Sobreviência das Espécies da UICN e um dos autores principais do estudo.
 
Cerca de duas centenas de cientistas, de vários países, estiveram envolvidos nesta avaliação. Os resultados serão validados à medida que a avaliação global dos répteis for avançando, explica Philip Bowles.
 
A percentagem estimada de espécies ameaçadas não é tão grande como a da classe dos anfíbios – onde duas em cada cinco corre o risco de se extinguir. “Não é tão mau como poderia ser. Mas não são boas notícias”, afirma Philip Bowles.
 
As espécies ameaçadas concentram-se sobretudo nas regiões tropicais, onde têm sido vítimas da destruição do seu habitat, para dar lugar à agricultura ou à exploração de madeira. Os répteis de água doce apresentam maior número de espécies em risco: 30% no total e 50% só para as tartarugas.
 
De acordo com Philip Bowles, o estudo, embora seja apenas uma primeira abordagem à escala global, permite identificar desde já espécies para as quais é prioritário adoptar medidas de conservação."

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