quinta-feira, 30 de maio de 2013

Emissões de CO2 baixaram tanto em Portugal como na UE em 2012

Texto de Ana Fernandes publicado pelo jornal Público em 29/05/2013.
"Estimativas iniciais indicam que, pelo segundo ano consecutivo, as emissões baixaram na Europa.
 
A União Europeia (UE) chegou ao fim de 2012 a emitir menos 2,1% de dióxido de carbono do que no ano anterior, segundo estimativas divulgadas pelo Eurostat esta quarta-feira. No caso de Portugal, essa redução será de 4%. Estes números terão ainda de ser validados, mas tudo indica que, pelo segundo ano consecutivo, os 27 têm vindo a reduzir a quantidade de CO2 que enviam para a atmosfera.
 
Portugal emitiu, em termos absolutos, 44,4 milhões de toneladas de CO2, menos 1,8 do que no ano anterior. No conjunto da UE, foram lançados para a atmosfera 3417 milhões de toneladas.
 
O campeão das emissões é a Alemanha, com 728 milhões, tendo aumentado 0,9% face ao ano anterior. Segue-se o Reino Unido, com 471,5 milhões, que registou um acréscimo de 3,9% em relação a 2011. Logo a seguir, aparece Itália (366 milhões, que reduziu 5,1%), França (332 milhões, com uma redução de 0,8%), Polónia (297 milhões, com menos 5,1%) e Espanha (258 milhões, que baixou 1,4%). Estes seis países representam, no seu conjunto, mais de 70% das emissões da UE. Além da Alemanha e do Reino Unido, só Malta (+6,3%) e Lituânia (+1,7%) aumentaram as emissões.
 
Todos os outros reduziram, com destaque para a Bélgica e a Finlândia, com -11,8%, seguindo-se a Suécia (-10,1%), a Dinamarca (-9,4%) e Chipre (-8,5%).
 
As emissões de CO2 com origem na queima de combustíveis fósseis dependem de muitos factores, como o tempo que se fez sentir durante o ano – que, por exemplo, exigiu mais ou menos uso de equipamentos de climatização –, o crescimento económico, a dimensão demográfica e as actividades industriais.
 
No ano de 2011, a redução verificada nas emissões deveu-se, sobretudo, a um Inverno ameno, que reduziu as necessidades de aquecimento. As estatísticas de 2012 ainda não estão confirmadas, pelo que ainda não são avançadas explicações para a redução das emissões."

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