Aprenda a não exceder os limites do stress com os conselhos dos médicos cardiologistas da Fundação Portuguesa de Cardiologia.
1. Identifique a origem do stress. O primeiro passo para controlar o stress é identificar as situações ou pessoas que o desencadeiam. Basta estar atento aos sinais exteriores e relacioná-los com o que está a acontecer.
2. Partilhe com as pessoas próximas o que sente. Aprenda a não guardar tudo para si. As tensões e emoções demasiado controladas provocam danos físicos e mal-estar psicológico. Está provado que desabafar e exteriorizar o que se sente contribui para uma melhor saúde.
3. Aprenda a dizer não. Sempre que possível não vá contra a sua natureza. Não se sobrecarregue com obrigações ou responsabilidades excessivas: se o confrontam com um pedido exagerado (em termos de tempo ou exigência), recuse-se a cumpri-lo. Lembre-se que ninguém o respeitará, se não souber respeitar-se.
4. Cuide de si: alimente-se de forma saudável e pratique exercício. Uma dieta equilibrada, rica em fruta, verduras, fibra e vitaminas ajuda o corpo a proteger-se. Evite excesso de gorduras, açúcar e também café, álcool e tabaco. A atividade física, quando praticada com regularidade, aumenta a sensação de bem-estar (devido à produção de endorfinas). Consulte o seu médico, para averiguar qual a atividade mais apropriada para si: ioga, jogging, marcha, natação ou outra qualquer.
5. Opte por uma postura otimista. Nem sempre é fácil, mas procure contrariar as tendências negativas: tenha pensamento positivo perante as situações, seja mais confiante e flexível. Tudo isto contribui para aumentar a sua resistência ao stress.
6. Aprenda a gerir o tempo. Procure intercalar trabalho, família, lazer e descanso. Procure ser o condutor do seu tempo e não o contrário. Estabeleça prioridades e objetivos.
7. Aprenda a relaxar todos os dias. Uma vez que é impossível prever ou evitar algumas das situações que nos causam ansiedade, o melhor é escolher uma boa estratégia para as enfrentar. Aprenda a relaxar progressivamente os músculos e a mente: ao fazê-lo, a frequência cardíaca e a pressão arterial diminuem imediatamente.
8. Não ignore o stress, porque ele pode não o ignorar a si. Ao contrário da diabetes, da tensão arterial ou do colesterol, o stress é difícil de medir e avaliar e, como tal, é mais complicado estabelecer relações entre o seu grau de existência e o aparecimento de doenças cardiovasculares.
9. Lembre-se que a sua saúde pode estar em risco. Apesar de o stress não ser a causa principal de problemas cardíacos, pode contribuir para o despoletar ou agravar dessas patologias, uma vez que, entre outras consequências, faz subir a pressão arterial, dificulta a cicatrização e torna-nos mais vulneráveis a ataques patogénicos exteriores assim como a adições.
10. Esteja atento às fases de alarme
- Primeira Fase — O cérebro dá o alarme: As regiões situadas na parte inferior do cérebro enviam os primeiros sinais de alarme para todo o corpo. O hipotálamo e a hipófise libertam uma série de substâncias químicas (como adrenalina, cortisol ou aldosterona) que fazem reagir o nosso organismo ao “perigo” que se aproxima.
- Segunda Fase — O corpo resiste: Após a fase de alarme, o corpo adaptou-se às circunstâncias e recuperou o seu estado normal. Dependendo da resistência de cada pessoa, esta fase pode ter uma duração mais ou menos longa, até que o corpo alcance a fase seguinte.
- Terceira Fase — Fase extenuante: Quando o stress atinge este patamar, é sinal de que o seu grau é bastante severo. O risco de adoecermos, aumenta, assim como a propensão para acidentes cardiovasculares.
Os conselhos são dos médicos especialistas da Fundação Portuguesa de Cardiologia presidida pelo Professor Doutor Manuel Oliveira Carrageta.