segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Paternidade do elemento 113 atribuída a japoneses


Nome provisório é unúntrio; durante 2016 será proposto um nome definitivo.

Investigador japonês Kosuke Morita, líder da equipa que descobriu o elemento 113
 Uma equipa de investigadores japoneses do instituto RIKEN viu ser-lhe atribuída a paternidade da descoberta do elemento 113 da tabela periódica, bem como o direito de dar agora o nome ao novo elemento – anunciou a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, na sigla em inglês). É a primeira vez que um elemento é descoberto na Ásia.

Foi o investigador Kosuke Morita, da Universidade de Kyushu, e o seu grupo que obtiveram este privilégio da parte de dois organismos científicos mundiais – da IUPAC e da União Internacional de Física Pura e Aplicada –, depois de terem conseguido reunir dados experimentais da existência do novo elemento por três vezes, entre 2004 e 2012, no acelerador do Centro RIKEN Nishina, em Wako. Kosuke Morita recebeu uma carta da UICPA a informá-lo da novidade, no último dia de 2015.

“A equipa do RIKEN do Japão preencheu os critérios para o elemento 113 e será convidada a propor um nome e um símbolo permanentes” para este elemento, temporariamente nomeado unúntrio (Uut), indicou a IUPAC em comunicado.

Igualmente no mesmo comunicado, a IUPAC informa que cientistas russos e norte-americanos, que colaboraram nesta investigação, ganharam o direito de atribuir o nome a três outros elementos – o 115, 117 e 118.

A tabela periódica dos elementos, por vezes designada tabela de Mendeleiev (o nome do cientista russo que criou a primeira versão em 1869, então só com 60 elementos), agrupa os elementos químicos em função da sua composição e propriedades químicas.

O nome do elemento 113 ainda não está decidido, mas Kosuke Morita fará uma proposta durante 2016, especificou o instituto RIKEN também em comunicado. Japónio será o nome favorito.

Este anúncio vem em boa hora para o instituto RIKEN, que acaba de sair do caso das chamadas “células STAP”, em que uma jovem investigadora do instituto foi acusada de ter falsificado dados e fotografias para demonstrar a criação, através de um procedimento químico inédito, de células estaminais pluripotentes a partir de células adultas.

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