quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dia Internacional do Idoso

Ao longo do tempo, Matusálem constituiu-se, no imaginário da cultura judaico-cristã, na venerável figura da quase eternidade, no secreto desejo do humano em permanecer, em perpetuar-se, no desafio à morte, encarada como a derrota suprema, o combate derradeiro que não é possivel vencer.
O desenvolvimento da ciência e da tecnologia foram-nos dando armas, cada vez mais poderosas, para manter a luta permanente entre o homem e a ceifeira, que se tem traduzido, não na vitória sobre esta, o que seria o negar do próprio sentido da vida, mas, apesar de tudo, no adiar do encontro final.
Este adiamento, bem patente nos países desenvolvidos, está a traduzir-se num progressivo envelhecimento da população mundial, com todos os problemas daí decorrentes para a sustentabilidade dos sistemas de segurança social. Não será solução voltar a carregar o velho pai para a montanha, esquecendo que, mais cedo que tarde, a mesma sorte baterá à porta de cada um de nós.
É neste quadro que desde 1990, por decisão da Assembleia Geral Das Nações Unidas, o dia 1 de Outubro foi designado como Dia Internacional do Idoso.
Afastando o estereótipo de folhas prestes a cair é necessário voltar a recuperar o lugar ocupado pelo idoso na cultura oriental, como repositório da memória e do conhecimento vivido. Que o idoso seja uma imagem viva da qualidade de um país, uma medida certa de avaliação do grau de cumprimento dos direitos humanos.

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