sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Cientistas chineses produzem próteses dentárias a partir de urina humana

Publicado por Green Savers em 06/01/2015
Ao longo dos anos, os cientistas têm criado próteses dentárias dos mais diversos materiais – desde dentes feitos a partir de ossos de animais a dentes de madeira ou ouro. Agora, um grupo de cientistas chineses revelou que conseguiu criar, com sucesso, um “dente rudimentar” a partir de um material pouco provável e agradável: urina humana.
 
De acordo com a investigação, publicada no Cell Regeneration Journal, a estrutura dentária foi criada a partir de células estaminais recolhidas da urina humana. Embora a descoberta possa vir a revolucionar a indústria das próteses dentárias, a comunidade científica que trabalha com células estaminais acredita que a nova técnica tem ainda muitos obstáculos para ultrapassar.
 
Para a criação do implante, os cientistas chineses, dos Institutos de Saúde e Biomedicina de Guangzhou, utilizaram a urina humana, que normalmente possui células excretadas pelo corpo, mas que em laboratório podem ser transformadas em células estaminais. Estas células são depois misturadas com material orgânico para criar dentes. Segundo escreve a BBC, os dentes artificiais criados a partir da urina não são tão duros como os dentes naturais. Apesar do avanço, o estudo foi já bastante criticado pela comunidade científica internacional.
 
Chris Mason, cientista que trabalha com células estaminais na University College of London, indicou à cadeia britânica que a urina era um ponto de partir fraco e que era “provavelmente uma das piores fontes [para células estaminais] ”. “Existem muito poucas células [na urina] e a eficiência de as tornar em células estaminais é bastante baixa. O procedimento não deve ser este”, explicou o investigador britânico.

Nova espécie de esponja marinha descoberta em águas portuguesas

Publicado por Green Savers em 06/01/2015
Um grupo internacional de cientistas descobriu uma nova espécie de esponja marinha em algumas zonas do Mediterrâneo e do Atlântico, nomeadamente nas montanhas submarinas de Gorringe, em águas portuguesas. A nova espécie trata-se de uma esponja-de-cristal e representa uma descoberta importante, já que a nova espécie é uma importante fonte de silício, um dos nutrientes essenciais para a sobrevivência dos ecossistemas marinhos.
 
A investigação, desenvolvida por cientistas de França, Canadá e Espanha, aponta para a existência da nova espécie de esponja nos desfiladeiros marinhos de Córsega, em montanhas do Mar de Alborán e no Atlântico e nas elevações submarinas conhecidas como Banco de Gorringe, localizadas a sudoeste de Portugal, a cerca de 200 quilómetros do Cabo de São Vicente.
 
Segundo informa a organização internacional Oceana, a nova espécie foi baptizada de Sympagella delauzei. A esponja mede entre oito e 14 centímetros, incluindo o pedúnculo, e pode ser encontrada a profundidades entre os 350 e 500 metros.
 
O trabalho foi publicado no Journal of the Marine Biological Association do Reino Unido e aponta ainda para a possibilidade da existência da nova esponja em outras áreas geográficas, como o norte de África ou a Macaronésia e revê a distribuição mediterrânica de cerca de uma dezena de espécies, nomeadamente algumas com mais de um metro de altura.
 
“Estas descobertas, junto com a revisão de espécies de esponjas cristal do Mediterrâneo, indicam-nos que há que ter em conta este mar no momento de proteger as agregações de esponjas”, indica Ricardo Aguilar, director de investigação da Oceana e co-autor do estudo. “Estudos prévios demonstraram que as esponjas de cristal são uma fonte muito importante de silício, um dos nutrientes básicos para os oceanos”, acrescenta o investigador.
 
Até agora, a comunidade científica acreditava que o Mediterrâneo não era um local propício para a presença de esponjas cristal, já que estes seres preferem águas mais frias, tornando-as presença habitual em águas polares ou em grandes profundidades marinhas.
 
O trabalho resulta da colaboração de investigadores do Instituto Mediterrâneo de Biodiversidade e Ecologia Marinha e Costeira de Marselha, da Universidade de Victória, do Canadá, e da Oceana.