terça-feira, 23 de setembro de 2014

Novas evidências reforçam que Lua teve origem na colisão da Terra

Artigo publicado por Diário Digital em 06/06/2014.
Cientistas alemães anunciaram que as amostras lunares recolhidas nas décadas de 1960 e 1970 mostram novas evidências de que a Lua formou-se quando a jovem Terra colidiu com outro corpo celeste.
 

 
Os investigadores chamam de «A Hipótese do enorme Impacto» o suposto ocorrido, segundo o qual a Lua foi criada quando a Terra bateu com um corpo chamado Theia há 4,5 mil milhões de anos.
 
A maioria dos especialistas apoia esta hipótese, mas eles dizem que a única forma de confirmar que tal impacto ocorreu é estudando as proporções de isótopos de oxigénio, titânio, silício e outros componentes nos dois corpos celestes.
 
Até agora, os cientistas que estudavam as amostras lunares que chegaram da Terra em meteoritos descobriram que a Terra e a Lua têm uma composição muito similar.
 
Mas agora, ao estudar as amostras recolhidas da superfície lunar pela equipa da Nasa das missões Apolo 11, 12 e 16 e compará-las com técnicas científicas mais avançadas, os cientistas descobriram algo novo.
 
«Puderam detectar uma leve, mas claramente maior, composição do isótopo de oxigénio nas amostras lunares», destaca o estudo publicado na revista especializada Science. «Esta mínima diferença apoia a hipótese do enorme impacto na formação da Lua.»
 
Segundo modelos que recriaram esta colisão num nível teórico, a Lua era formada por elementos de Theia em 70% a 90%, e elementos terrestres em 10% a 30%.
 
Mas agora os investigadores reveram para cima o papel do nosso planeta na composição do seu satélite: a Lua pode ser uma mistura 50/50 de restos da Terra e de Theia. No entanto, faltam mais estudos para confirmar esta versão.
 
«Agora podemos estar razoavelmente seguros de que a enorme colisão ocorreu», disse o autor principal do estudo, Daniel Herwartz, da Universidade Georg-August de Gottingen, na Alemanha.

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