terça-feira, 23 de setembro de 2014

Estudos sugerem que nascimento da Lua foi violento

Artigo publicado por Diário Digital e 23/09/2014.

Enquanto a Lua dá a volta à Terra, a cada 28 dias, e mostra progressivamente mais e depois menos da sua face, a distância entre a Lua e a Terra também muda.

 
No perigeu, o ponto da sua órbita em que está mais próxima da Terra, a Lua pode estar 42 mil quilómetros mais perto de nós do que no ponto mais distante.
 
E se esta chega ao perigeu ao mesmo tempo em que está na diagonal em relação ao Sol, temos a chamada superlua, uma lua cheia que pode parecer que está tão perto que a poderíamos abraçar – até 12% maior e 30% mais iluminada do que a lua cheia média.
 
A atenção dada à superlua pelos astrónomos é excessiva. Observam que o termo «superlua» nasceu com a astrologia, não a astronomia; que as luas cheias de perigeu não são tão raras assim, tanto que acontecem em média a cada 13 meses, e que o seu tamanho maior muitas vezes deve-se tanto a uma ilusão óptica ou outra quanto à relativa proximidade lunar.
 
Mesmo assim, concorda, que, seja pela razão que for, devemos sim olhar para a nossa Lua com frequência e cedo apreciar as muitas características que a diferenciam das mais de 100 outras luas do sistema solar. E que deveríamos até observar o nosso satélite como um planeta.
 
«Eu sei que isso contraria a nomenclatura actual», afirmou David A. Paige, professor de ciência planetária na Universidade da Califórnia em Los Angeles, aludindo à definição de um planeta como sendo o objecto gravitacional dominante na sua órbita. «Mas, de onde eu venho, qualquer coisa que seja grande o suficiente para ser redonda é um planeta.»
 
Contrariamente à maioria das luas, a nossa tem a capacidade e força de coalescer numa esfera. Cientistas dizem que, embora o público possa não pensar na Lua com frequência, os estudos lunares estão a render muitas conclusões e surpresas interessantes.
 
Um grupo de investigadores relatou evidências novas de que a Lua terá tido uma origem violenta quando a Terra colidiu com um planeta que não sobreviveu. Outra equipa propôs que as origens cataclísmicas da Lua podem explicar os seus traços misteriosos que conhecemos como o «homem da Lua» ou o «rosto da Lua».

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