sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Investigadores portugueses desenvolvem pulseira para detectar febre em bebés

Artigo publicado pelo jornal Público em 11/02/2013.
"Pulseira muda de cor quando a temperatura dos bebés atinge os 38 graus celsius. Tecnologia pode vir a ser utilizada para controlo de qualidade dos alimentos.
A pulseira não precisa de pilhas ou baterias para funcionar
Uma equipa da Universidade de Coimbra está a finalizar uma pulseira de polímeros que muda de cor quando a temperatura dos bebés atinge os 38 graus celsius, indicando que têm febre.
 
Estas pulseiras inteligentes funcionam a partir de polímeros. “Seleccionámos dois polímeros de base e trabalhámos esse sistema até o tornar sensível à temperatura desejada”, disse em comunicado Filipe Antunes, coordenador do projecto.
 
A técnica “tira partido do facto de haver moléculas que interagem bem entre si e outras que se ‘odeiam’”, explica o cientista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
 
A equipa quer agora incorporar este sistema numa pulseira que tem duas partes: a exterior é insensível à temperatura e a interior tem um reservatório que activa a mudança de cor da pulseira quando são atingidos os 38 graus.
 
A pulseira não necessita de pilhas ou baterias e os polímeros utilizados “não causam qualquer tipo de lesão ao bebé”, acrescenta Filipe Antunes. Um protótipo desta pulseira irá ser apresentado à indústria brevemente.
 
A tecnologia também está a ser adaptada para alimentos. Se os polímeros forem alterados para serem sensíveis a outras temperaturas, “o consumidor poderá saber se os produtos [como embalagens congeladas ou vinhos] foram mantidos à temperatura certa e se são adequados para consumir”, diz o comunicado."

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