quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nova metodologia para solucionar crimes complexos

A Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, em colaboração com o Núcleo de Polícia Técnica da Directoria do Centro da Polícia Judiciária desenvolveu uma nova metodologia de “detecção, revelação e conservação de impressões digitais em materiais metálicos”, que tem por base uma técnica conhecida há mais de vinte e cinco anos, designada por pulverização catódica. Esta técnica, incluída nas técnicas de deposição física de vapores, envolve a formação de materiais no estado sólido na sequência da condensação de materiais gasosos, ficando aqueles na forma de um filme fino depositado sobre um substrato.
Na investigação conduzida no Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra (CEMUC), sob o nome de “Revelação de Impressões Digitais” através da “Deposição de Filmes Finos”, a revelação de impressões digitais latentes – invisíveis – faz-se pela produção de filmes de cobre e ouro, que apresentam uma espessura de 20 a 30 nanómetros.
O facto de esta técnica permitir a revelação de impressões digitais antigas, praticamente invisíveis, que até agora eram de difícil detecção e ainda a constatação de poderem ser conservadas sem qualquer adulteração com o passar do tempo, são vantagens que não podemos deixar de realçar.
Também as preocupações ambientais e de não perigosidade para os técnicos investigadores criminais parecem estar salvaguardadas pois este método mostra-se limpo tanto a nível ambiental como sanitário.
Estas impressões digitais conservadas podem funcionar como base de dados, uma vez que o revestimento de filmes finos serve de capa protectora, evitando a deterioração das mesmas, além de tornar possível a fixação de vestígios de drogas, explosivos e outros materiais para análises posteriores, que poderão constituir “pistas” para determinar o perfil do criminoso.



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