terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A beleza escondida da neve

A neve fez a sua aparição com abundância em muitas das regiões serranas portu­guesas. A sua brancura é, já de si, uma das maravilhas da Natureza. A Serra da Estrela tem surgido quase todos os dias nos órgãos de comunicação nacionais e na Inter­net. Ainda há dias, a serra apresentava este aspecto.

Mas a neve tem uma beleza escondida, que se descobre apenas depois de ampliar cada floco. E pode dizer-se que não há dois flocos de neve iguais. Mesmo que aparentemente iguais há sempre umas particula­ridades que os diferenciam.



Segundo uma classificação internacional, há sete categorias de cristais de neve, cujas formas, peso e volume variam bastante. Porém, uma coisa é certa e deslumbrante: todos os cristais de neve apresentam uma simetria hexagonal, conforme se documenta com as imagens belíssimas que se juntam a esta pequena homenagem à neve.
Quando se registam determinadas condições de temperatura do ar, presença de vapor de água na quan­tidade devida e existência de partículas na atmos­fera, então a queda de neve pode acontecer.



O jornal francês Le Figaro, na edição on-line do passa­do dia 24 de Dezem­bro, explicava que quando estão reunidas deter­mi­nadas condições, a água em sus­pensão no ar vai transformar-se em gelo. Numa pequena partícula existente no ar, a água cristaliza e essa formação vai evoluir, mediante as condições de temperatura, vento, campo eléctrico, pressão atmosférica, até formar um cristal com diversas formas, mas sempre de simetria hexagonal.



Sabe-se que a temperaturas entre 5 e 10 graus nega­tivos, se formam cristais de tipo agulha e coluna, e que descendo aos 18 negativos começam a surgir as estrelas de seis braços, por vezes com ramificações, formando uma autêntica renda e sempre com uma espantosa simetria.



À medida que os flocos vão caindo para o solo e atravessando as diversas camadas do ar, vão sofrendo alterações. As diferenças na formação dos flocos de neve, vão ter consequências em terra. Vão dar origem a vários tipos de neve: ligeira como uma pluma, pesada como um espesso manto, do tipo cola ou deslizante como o gelo.
Assim, segundo os técnicos, formam-se três tipos principais de neve: seca, húmida e molhada. A que cobre normalmente as montanhas é a do tipo seco, muito leve e pulverizada.


A neve húmida cai sobretudo nas zonas planas de altitude mais baixa, surge entre os 0 e 5 graus negativos, e adere a tudo, provocando, com o seu peso, quedas de estruturas neces­sárias à vida humana.
Finalmente, a neve molhada, que cai entre os zero e um grau, como o próprio nome indica, contém muita água e, portanto, descongela rapidamente. Caindo em estradas e baixando a temperatura, dá origem ao temível gelo, que pode provocar acidentes de viação.

Abaixo, a célebre cabeça do velho, na subida para a Serra da Estrela.


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