sábado, 1 de setembro de 2018

8 doenças sexualmente transmissíveis perigosas e fáceis de apanhar

Nuno Noronha
Saúde e Medicina
A prática de sexo seguro é a melhor maneira de prevenir estas infeções sexualmente transmissíveis. Conheça as doenças sexualmente transmissíveis mais comuns e perigosas. Este artigo não dispensa a consulta de um especialista médico.

1. Tricomoníase

Esta é uma das infeções sexualmente transmissíveis mais comuns. É causada por um parasita denominado Trichomonas vaginalis e transmite-se pelo contacto sexual. Na mulher, os sintomas mais comuns são corrimento com odor intenso e cor alterada, pequenas hemorragias durante ou após a relação sexual, prurido ou comichão à volta da vagina, inchaço das virilhas e necessidade de urinar com frequência e ardor ao urinar.
No homem, os sintomas mais comuns são corrimento, necessidade de urinar mais do que o habitual, dor ou ardor e irritação no pénis. Esta infeção tem cura. Os parceiros sexuais devem ser tratados ao mesmo tempo e só devem voltar a ter relações após o tratamento e quando não houver manifestação de sintomas. A utilização do preservativo, masculino ou feminino, é o único método contracetivo que diminui o risco de contágio.

2. Herpes genital

Trata-se de uma infeção que pode ser causada por dois tipos de vírus: o herpes simplex do tipo 1 (que causa lesões na mucosa oral) e o herpes simplex do tipo 2 (que causa lesões nos genitais e ânus). Os sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de vesículas e lesões na área genital, quer dos homens quer das mulheres, acompanhadas por dor, prurido e ardor.
O herpes deve ser tratado para atenuar as queixas e sintomas e para diminuir o período em que o vírus se encontra ativo e contagiante. Não existe cura, sendo recorrente o seu reaparecimento. Quando surge, aconselha-se a abstinência sexual. A utilização do preservativo é a forma mais adequada de prevenção, embora não seja 100% eficaz.

3. Sífilis

A sífilis é uma infeção sexualmente transmissível causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. Após a infeção, existe um período latente que dura em média três semanas. Durante este período não são visíveis quaisquer sintomas.
A Sífilis Primária caracteriza-se por uma úlcera indolor no ponto de exposição da bactéria e pode aparecer nos genitais, uretra, ânus e colo do útero, bem como nos lábios e na boca. Transmite-se através de relações sexuais não protegidas (sexo vaginal, oral ou anal). A sífilis é fácil de curar durante as fases iniciais, sendo normalmente tratada com penicilina. O preservativo é o modo mais eficaz de evitar a transmissão da sífilis.

4. Gonorreia

A gonorreia é uma infeção causada por uma bactéria que pode afetar o pénis, a vagina, o colo do útero, a uretra, o ânus ou a garganta. A sua via de transmissão principal é a sexual, através do contacto com uma pessoa infetada, mas pode ser também transmitida de mãe para filho durante o parto. A ida ao médico para exames periódicos é fundamental para a sua deteção precoce.
O tratamento da gonorreia é feito com antibióticos. Quando não tratada, pode causar doença inflamatória pélvica nas mulheres e/ou infertilidade (em ambos os sexos). Estima-se que um

5. Vírus do Papiloma Humano (HPV)

Existem mais de 100 tipos. Em determinados casos afetam a pele e causam verrugas. Cerca de 40 serotipos afetam o aparelho genital, causando condilomas (verrugas genitais). Estima-se que 80% das mulheres e dos homens tenham contacto com o vírus em alguma fase da sua vida. Se o sistema imunitário estiver vulnerável, pode tornar-se uma infeção persistente e desencadear cancro do colo do útero. A forma mais fácil de diagnosticar é através do exame citológico (Papanicolau).
Já existem disponíveis em Portugal vacinas que previnem a infeção por alguns tipos de HPV, os que provocam cancro. O uso de preservativo não protege por completo contra a transmissão deste tipo de vírus.
a em cada quatro mulheres que contraia a infeção fique infértil.

6. Clamídia

Trata-se de uma infeção do tipo bacteriano que pode afetar o pénis, a vagina, o colo do útero, o ânus, a uretra, a garganta ou os olhos. É a infeção sexualmente transmissível mais comum. Transmite-se por via sexual e também de mãe para filho.
Na mulher, os sintomas são dor pélvica, corrimento vaginal, dor durante a relação sexual ou ao urinar, hemorragia entre as menstruações. No homem, os sintomas mais comuns são ardor ou dor ao urinar, pus ou corrimento proveniente do pénis e inchaço nos testículos ou ânus. O tratamento é feito à base de antibióticos.

7. Hepatite A e B

A Hepatite B é uma infeção viral que ataca o fígado e pode causar doença aguda ou crónica. O vírus da Hepatite B é extremamente contagioso, sendo as suas principais vias de transmissão os fluidos genitais (esperma e secreções vaginais), corporais (sangue, urina e saliva) e o leite materno. É a mais perigosa de todas as hepatites, pois o risco de morte por cirrose e cancro do fígado é elevado. Mais de 90% dos adultos saudáveis que são infetados com Hepatite B recuperam e libertam-se do vírus no período de seis meses.
A vacina para a Hepatite B é o meio mais seguro e eficaz de prevenção. É composta por três doses e tem uma taxa de eficácia de 95%. No caso da Hepatite A, também já há vacina disponível.

8. VIH/Sida

O VIH encontra-se principalmente no sangue, sémen e fluídos vaginais das pessoas infetadas. Assim, a transmissão do vírus só pode ocorrer se estes fluídos corporais entrarem diretamente em contacto com o corpo de outra pessoa. Uma mulher seropositiva pode transmitir o vírus ao bebé durante a gravidez, parto ou aleitamento.
Comportamentos sociais, como abraçar, beijar, apertar a mão ou beber pelo mesmo copo não representam riscos de transmissão. A infeção pode ser prevenida através do preservativo masculino ou feminino nas relações sexuais.
Sempre que se inicia uma nova relação sexual é importante falar com o parceiro ou parceira sobre as relações anteriores, de modo a prevenir os riscos de contrair uma IST. Lembre-se: certas infecções provocam sintomas apenas no homem outras somente na mulher e, por vezes, pode existir infecção sem qualquer tipo de sintoma.
Este artigo não dispensa a consulta de um especialista médico.








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