domingo, 21 de junho de 2015

Metade da população mundial de saigas morreu em Maio

Publicado por Green Savers em 03/06/2015
O saiga é um antílope conhecido pelo seu nariz distinto, que consegue esticar e encolher para melhor ajudar na respiração, quer seja durante os Verões empoeirados ou nos Invernos rigorosos do Cazaquistão. Na estação quente o seu pêlo é fino e nos meses mais frios cresce, para se transformar numa espécie de cobertor lanoso.
 
Antes da última década do século passado, existia mais de um milhão de saigas pro toda a Ásia Central, mas desde então a população destes animais tem vindo a decrescer e a espécie encontra-se agora em vias de extinção. No último ano, o número total de espécimes ascendia a 250.000 animais.
 
Mas esta primavera, época de reprodução, foi catastrófica para a espécie. Quase metade da população mundial de saigas morreu de uma doença que ainda não foi identificada. Uma contagem oficial do Programa Ambiental das Nações Unidas dá conta da morte de 120.000 animais.
 
Foi já aberta uma investigação para apurar as causas das mortes e os conservacionistas e biólogos estão já a trabalhar no terreno, a recolher amostras de tecido animal para posterior análise laboratorial, escreve o Tree Hugger.
 
De acordo com a World Wide Fund for Nature, os saigas costumam viajar em manadas de 30 a 40 indivíduos, mas durante a migração primaveril, centenas destes animais juntam-se. As fêmeas dão à luz as suas crias todas ao mesmo tempo, normalmente no período de uma semana. Foi este encontro de primavera que terá sido o vector de propagação da doença entre os animais.
 
Antes de a doença ter dizimado a população global, a principal ameaça era a caça, tanto pela sua carne como pelos seus chifres, utilizados na medicina tradicional chinesa.
 
“Esta perda é um grande golpe para a conservação do saiga no Cazaquistão e no mundo, dado que 90% da população mundial de saigas se encontra no nosso país”, afirmou o vice-ministro da Agricultura do Cazaquistão, Erlan Nysynbaev, em comunicado. “É doloroso testemunhar esta mortalidade em massa”, conclui.

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