terça-feira, 13 de maio de 2014

VIH/SIDA: Factos e mitos

Escrito por Carla Mateus com entrevista a Bárbara Flor de Lima e Ricardo Correia de Abreu, médicos infecciologistas, em 11 de fevereiro de 2014.
 

 
A SIDA é uma doença que pode afetar qualquer pessoa. Não é exclusiva de estratos sociais, faixas etárias ou de grupos específicos, mas a sua transmissão está associada a comportamentos considerados de risco. Porque ainda persistem ideias erradas e dúvidas sobre aquela que é uma das principais epidemias do século XXI, vamos esclarecer algumas delas com a ajuda de dois médicos infecciologistas.
Em 1993, o ator Tom Hanks, assumindo a identidade de um homossexual seropositivo, passou para o grande ecrã o estigma que acompanha os doentes infetados por VIH ou com SIDA (na maioria das vezes gerado pelo desconhecimento acerca da doença), no filme "Filadélfia". Cerca de 20 anos depois, a patologia deixou de estar na sombra e foram vários os tratamentos inovadores que surgiram e que conseguiram controlar o vírus dentro do organismo, impedindo a sua replicação.

A palavra SIDA significa Síndroma da Imunodeficiência Adquirida, uma doença resultante da infecção por VIH – Vírus da Imunodeficiência Humana. Este vírus ataca as defesas do organismo, que nos protegem contra bactérias, vírus e outros germes, destruindo-as e deixando a pessoa infectada (seropositiva) vulnerável. Estas infecções são denominadas "oportunistas", uma vez que apenas ocorrem quando o sistema imunitário deixa de ser eficaz.

A infeção por VIH é uma doença para toda a vida. Apesar de não existir uma cura conhecida, os avanços no tratamento alteraram a ideia de que esta era uma doença fatal. Atualmente, os médicos consideram a infecção por VIH como uma doença crónica que pode ser controlada com medicamentos e com opções no que respeita a um estilo de vida saudável.

Ainda assim, importa lembrar que, desde 1981 – altura em que os médicos reconheceram pela primeira vez a infecção por VIH/SIDA como uma nova doença –, a patologia disseminou-se rapidamente por todo o mundo, tornando-se numa epidemia que já causou a morte de mais de 25 milhões de pessoas. Apesar de a situação estar a melhorar ao longo dos anos, atualmente existem, de acordo com os últimos dados publicados em 2012 pela UNAIDS – a agência das Nações Unidas para o VIH/SIDA –, cerca de 35,3 milhões de pessoas infectadas com o vírus VIH/SIDA em todo o mundo. A maioria destes casos ocorre nos países em vias de desenvolvimento e Portugal não é exceção. Segundo o relatório "Portugal Infecção VIH/SIDA e Tuberculose em números – 2013", desde 1983 até 2012 foram diagnosticados mais de 42 mil casos.

Porque está nas mãos de todos nós limitar esta epidemia e porque a prevenção passa pela informação, o MSN Saúde e Bem-Estar pediu a Bárbara Flor de Lima e a Ricardo Correia de Abreu, médicos infecciologistas, que nos esclarecessem 10 factos ou mitos geralmente associados ao VIH/SIDA. Descubra-os na galeria baixo.

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