sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O cabelo e os registos da vida

Hoje, um mero fio de cabelo, consoante o seu comprimento e o período em que caiu, poderá levar à identificação de uma vítima de homicídio ou mesmo à confirmação de álibis.
Esta constatação deriva de um estudo, que teve como base amostras de água da torneira e cabelos recolhidos de cabeleireiros, o qual revelou que 85% das variações de isótopos de hidrogénio e oxigénio nos cabelos de uma pessoa se devem a diferentes composições da água potável.
Por este motivo, foi elaborado um mapa que expressa a razão existente entre a quantidade de átomos de hidrogénio e de oxigénio e os respectivos isótopos presentes no cabelo que permite identificar uma determinada zona geográfica. Este conhecimento já possibilitou estabelecer os percursos efectuados por uma mulher que foi assassinada nos Estados Unidos da América há já alguns anos.
Para além dos óbvios contributos que esta técnica terá no campo das Ciências Forenses, também os médicos poderão determinar sintomas associados ao agravamento de doenças alimentares. Antropólogos e arqueólogos poderão, igualmente, utilizar este conhecimento para a reconstituição das migrações das populações ou animais extintos.

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