domingo, 9 de maio de 2010

DNA "falso"

Segundo cientistas israelitas é possível fabricar evidências com ADN, o que compromete a credibilidade de uma das técnicas/provas mais importantes nos processos penais.
Estes cientistas conseguiram fabricar sangue e saliva que continham ADN não pertencente à pessoa que havia doado aqueles produtos. Como se não bastasse a capacidade de fabricar a molécula de ADN, mostraram que, se tivessem acesso através de um banco de dados ao ADN de um determinado indivíduo conseguiriam produzi-lo artificialmente sem que dispusessem de qualquer tecido da pessoa.
A concretização desta possibilidade traz consigo implicações gravíssimas no que concerne à garantia da inviolabilidade dos direitos dos cidadãos, visto ser possível “fabricar” cenas de crime tendo em conta que é muito mais fácil implantar ADN do que impressões digitais.
Fabricaram amostras de ADN procedendo de duas maneiras diferentes.
No primeiro procedimento começaram por obter uma amostra “mínima” de ADN, proveniente de um cabelo, de um copo por onde se bebeu ou de outro material biológico, que posteriormente amplificaram. O passo seguinte consistiu na obtenção de sangue de uma mulher, o qual foi submetido a centrifugação a fim de remover os glóbulos brancos, únicas células do sangue que contêm ADN. Por último adicionaram a estas células o ADN do cabelo de um homem que havia sido previamente amplificado. Ao enviarem esta amostra de sangue manipulada a um laboratório forense americano, este considerou-a como uma amostra normal de sangue de um homem.
A outra técnica está ligada a perfis de ADN, armazenados em bases de dados legais correspondendo a uma série de números e letras referentes às variações de 13 “regiões” do genoma de uma pessoa. De uma amostra composta de ADN de diversas pessoas, os cientistas clonaram minúsculos fragmentos de ADN que representam as variantes mais comuns em cada “região”. Para preparar uma amostra de ADN correspondente a qualquer perfil, bastaria misturarem certos fragmentos. Deste modo, crê-se que uma biblioteca genética de 425 fragmentos de ADN diferente seria suficiente para cobrir todos os perfis possíveis.
Esta descoberta levou uma companhia a desenvolver um teste com o objectivo de distinguir amostras verdadeiras de ADN de amostras falsas, que se baseia no facto de faltarem ao “falso” ADN algumas moléculas que lhe deviam estar ligadas, geralmente em zonas de genes inactivados.

Fonte: http://www.nytimes.com/2009/08/18/science/18dna.html?_r=2 (adaptado)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Convite

No âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, o grupo “Ciências Forenses” do 12ºA tem o prazer de convidar a comunidade escolar para uma palestra que será presidida pelo Professor Doutor José Pinto da Costa, em que os temas a abordar serão Crimes Sexuais, Autópsia Médico-Legal e Psicopatologia Forense.
O evento terá lugar no dia 10 de Maio, das 10h15 às 12h15, no Centro Cultural de Lagos.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

As bactérias das mão na identificação forense

As bactérias das mãos passaram a ter um papel significativo no campo da identificação forense.
As nossas mãos, por mais asseados que sejamos, constituem aquilo a que podemos chamar de “albergues” de diversas comunidades bacterianas. Mesmo as pessoas mais obcecadas pela limpeza do corpo alojam, tal como as outras, cerca de 150 espécies diferentes de bactérias, visto que este número não é afectado pela quantidade de lavagens.
Esta nova técnica em estudo tem como base a descoberta, por parte de cientistas americanos, de que as “comunidades” de bactérias que vivem na pele são distintas de indivíduo para indivíduo, a que se junta o facto de cada um de nós deixar um rasto de bactérias no nosso quotidiano.
Esta inovadora ideia, liderada por cientistas da Universidade do Colorado, passou a “prova de fogo” quando conseguiu estabelecer a ligação entre as amostras de bactérias de três computadores e o proprietário de cada um, sendo que eram evidentes as diferenças entre as amostras.
Esta técnica emergente tem actualmente uma precisão de 70-90%, prevendo-se que com a melhoria da técnica este valor deverá aumentar. A mais-valia desta técnica resulta do facto de ser possível identificar as bactérias de um indivíduo, mesmo quando as impressões digitais estão “manchadas” ou não existe DNA suficiente para determinar o perfil do indivíduo.
Especialistas sugerem que as bactérias características de cada individuo poderão ser mesmo mais significativas na sua identificação, que o próprio genoma. Esta ideia deriva da constatação de que são diferentes as bactérias que habitam na pele de gémeos homozigóticos, ao contrário da sua informação genética, que é igual.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

16 de Abril - Dia Mundial da Voz

Assinala-se hoje, dia 16 de Abril, o Dia Mundial da Voz, instituído pela primeira vez em 2003, com o objectivo de sensibilizar a opinião pública para a importância e significado da voz como produto caracteristicamente humano e poderoso instrumento de comunicação e interacção entre os humanos.
Sendo a laringe um órgão fundamental na génese da voz, o lema que preside às comemorações deste ano visa promover o diagnóstico precoce do cancro que pode afectar este órgão.
A voz é um produto resultante de um som cuja génese se situa nas cordas vocais alojadas na laringe. O som gerado pela vibração das cordas vocais aquando da passagem de ar expelido pelos pulmões vai ser amplificado nas chamadas cavidades de ressonância - laringe, faringe, boca, nariz e seios perinasais, e modelado nos articuladores - lábios, dentes, mandíbula e palato, obtendo-se, deste modo, um produto que reflecte a estrutura do tracto vocal própria de cada indivíduo.
A voz sendo uma das características mais marcantes e específicas da nossa identidade deverá ser produzida sem esforço, possibilitando um desempenho adequado na comunicação com os outros, qualquer que seja o meio ou situação em que nos encontremos.
Um bom uso da voz ajuda a prevenir alterações vocais, de que a rouquidão (disfonia) constitui uma das principais evidências e a que se podem juntar a afonia, a dor, a fadiga e as alterações de tom. A preservação da qualidade da voz está estreitamente associada a um conjunto de boas práticas que englobam comportamentos como beber água, não gritar, não fumar e praticar desporto com regularidade.

17 de Abril - Dia Mundial da Hemofilia

No dia 17 de Abril comemora-se o Dia Mundial da Hemofilia que este ano terá como lema "As muitas faces dos distúrbios hemorrágicos, unidas para conseguir tratamento para todos".
Não havendo um registo nacional que possa quantificar de um modo objectivo a realidade do nosso país em relação aos diversos distúrbios de natureza hemorrágica, os dados na posse da Associação Portuguesa de Hemofilia (APH) apontam para um valor da ordem das 720 pessoas diagnosticadas. Um problema que se depara a estas pessoas prende-se com a desigual acessibilidade aos tratamentos. Face a esta realidade os especialistas chamam a atenção para a necessidade de criação de Centros de Hemofilia operacionais que, dada a complexidade de alguns distúrbios hemorrágicos, estejam independentizados dos normais departamentos de hematologia.
Vai sendo do conhecimento geral que a hemofilia, a doença de von Willebrand (DvW) e os distúrbios plaquetários hereditários, constituem doenças crónicas relacionadas com problemas de coagulação sanguínea.
A doença de von Willebrand resulta de uma alteração a nível quantitativo ou qualitativo de uma proteína designada de factor de von Willebrand, codificada por um gene que se encontra no cromossoma 12 e que sofreu mutação. A doença afecta de igual modo homens e mulheres, ao contrário da hemofilia que afecta apenas homens, pelo que a sua transmissão pode efectuar-se tanto por via materna como paterna, apresentando uma prevalência mundial superior a 1%. A forma mais comum desta doença assenta num padrão de transmissão autossómica dominante, podendo, no entanto, ser recessivo, caso da DvW tipo 3.
A facilidade e a frequência com que se formam nódoas negras e ocorrem hemorragias nasais, a que acresce a existência de menstruações abundantes nas mulheres, constituem sintomas comuns da doença.
Os indivíduos afectados não devem tomar ácido acetilsalicílico, a vulgar aspirina, nem qualquer outro fármaco que afecte negativamente a coagulação. Devem, igualmente, proceder a uma vacinação por via subcutânea e serem vacinados contra os vírus das hepatites A e B.

sábado, 20 de março de 2010

Dia Mundial da Árvore

Assinala-se no domingo, dia 21 de Março, o Dia Mundial da Árvore que, este ano, rendendo homenagem às preocupações ambientalistas dos homens e mulheres da república, surge no nosso país associado às comemorações do centenário daquela. Com esse fim serão plantadas por todo o país as "árvores centenárias", inclusive nos jardins do Palácio de Belém pelo Presidente da República.
A chegada da Primavera e com ela o desabrochar da vida não poderá deixar de estar intimamente ligada à árvore, à seiva que a percorre, símbolo pulsante de vitalidade, à frescura da sua sombra, ao sereno sussurrar da brisa por entre a folhagem, à textura aconchegante da madeira do berço e da tumba. Mas não falemos de morte quando celebramos a vida e, se a árvore em cada Primavera nos traz à memória o seu eterno renascer após as trevas do Inverno, porque não deliciarmo-nos com o belíssimo poema de José Gomes Ferreira, "Vivam Apenas".
Vivam, apenas.
Sejam bons como o sol.
Livres como o vento.
Naturais como as fontes.
Imitem as árvores dos caminhos
que dão flores e frutos
sem complicações.
Mas não queiram convencer os cardos
e transformar os espinhos
em rosas e canções.
E principalmente não pensem na morte.
Não sofram por causa dos cadáveres
que só são belos
quando se desenham na terra em flores.
Vivam, apenas.
A morte é para os mortos!











quarta-feira, 10 de março de 2010

Laboratório de Investigação criminal num chip

As novas aquisições no campo da Biotecnologia não param de nos surpreender. Isto vem a propósito de uma notícia sobre um novo sensor electrónico para análise de DNA, desenvolvido por cientistas do Instituto de Bioengenharia e Nanotecnologia de Singapura, ao que parece com vantagens evidentes no preço, rapidez de obtenção de resultados e amplitude de aplicação em relação aos testes habitualmente utilizados.
O novo biosensor constitui uma espécie de “laboratório num chip”, fruto do desenvolvimento acelerado da nanotecnologia. Este novo sistema poderá mesmo dispensar o uso da técnica do PCR (Reacção de Polimerização em Cadeia) utilizada para a obtenção de múltiplas cópias (por vezes milhões) de DNA quando a quantidade deste material biológico é inferior a um micrograma. Amostras muito reduzidas poderiam impossibilitar a sua utilização no diagnóstico de doenças hereditárias, testes de paternidade, medicina forense, sequenciação de genes…
Neste novo sistema chamado “Nanogap sensor” é usado um par de eléctrodos de metal microscópicos separados por um nanogap da ordem de 5-20 nm. O biosensor permite detectar a presença de DNA através de um sinal eléctrico que será analisado em computador.
Para melhorar a eficiência do biosensor em capturar cadeias de DNA, as duas superfícies do sensor foram revestidas com uma sonda de captura que sofreu um tratamento electroquímico, o que permite que a aderência do DNA ao mesmo seja mais rápida e mais precisa.
Fontes:
e
(adaptado)